Família de suspeito foi fundamental para resolução do caso Amélia Vitória, afirma delegado

Homem apontado como autor do crime teria desovado corpo de vítima após comentário de irmã quando desaparecimento repercutiu: "que maldade"

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Janildo da Silva Magalhães, de 38 anos, é apontado como principal suspeito pela morte de Amélia Vitória, de 14 anos. (Montagem: Reprodução)

A Polícia Civil (PC) explicou como a família de Janildo da Silva Magalhães, de 38 anos, teve uma participação fundamental para a prisão do homem, suspeito de ter estuprado e matado a adolescente Amélia Vitória, de 14 anos.

Em entrevista coletiva, o delegado Eduardo Rodovalho, titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia, detalhou que tudo teve início ainda na quinta-feira (30).

Janildo afirmou para a mãe e irmã que sairia de casa, voltando no dia seguinte, no que elas acreditaram que seria sair para cometer crimes.

Isso porque, vale destacar, o homem já tem um histórico de violência, com passagens por tráfico de drogas, roubo e estupro (este, cometido em 2017, no município de Rio Verde).

Assim, o suspeito teria pego a bicicleta e circulado pelas ruas até encontrar Amélia e estuprar a adolescente, além de mantê-la ela em cativeiro, dentro de uma casa abandonada.

De acordo com a PC, ele passou a noite com a vítima, onde praticou novamente os abusos sexuais, até o momento em que decidiu tirar a vida da garota.

Quando voltou para casa, na sexta-feira (1º) de manhã, Janildo estaria com a camiseta suja de sangue e teria dito que iria queimá-la. Além disso, teria falado que iria pintar a bicicleta.

É aí que entram a mãe e a irmã na história. Ainda sem saber o motivo da roupa estar naquele estado, elas impediram que o suspeito se livrasse dela e guardaram o que poderia ser uma prova.

No dia seguinte, começaram a circular na mídia matéria a respeito do desaparecimento da garota, no que as duas lamentaram ouvir.

“Que maldade”, teria dito a irmã, após escutar que a família de Amélia poderia nunca saber o paradeiro da filha, segundo o delegado Eduardo Rodovalho.

Após ouvir a conversa da mãe e irmã, Janildo decidiu que iria se desfazer do corpo. Assim, conforme a PC, ele voltou à casa abandonada no sábado (02) e pegou a adolescente.

Dessa forma, ele teria abandonado a vítima, já sem vida, em uma calçada no Parque Hayala, enrolado por um lençol.

Identificação do suspeito

Em um primeiro momento, a PC apontou um outro homem, de 47 anos, como principal suspeito do caso, por ter passado próximo à adolescente no horário do desaparecimento.

No entanto, exames comprovaram que o DNA encontrado no corpo de Amélia não era compatível com este primeiro investigado.

Contudo, como Janildo já tinha passagem por outro crime de estupro, as análises “bateram” e identificaram ele como provável autor desse novo caso.

Dessa forma, quando os policiais foram até a casa do suspeito, a mãe e irmã entregaram a camiseta com as manchas de sangue, de forma a colaborar com as investigações.

Com isso, o homem acabou sendo preso e levado para a delegacia de Aparecida de Goiânia. Ele deverá responder pelos crimes de estupro e homicídio qualificado.

*Colaborou Maria Luiza Valeriano.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.