Lissauer quer “gestão que aproxime as pessoas do município e não que as afaste”

Ex-presidente da Alego é o pré-candidato do PL à Prefeitura de Rio Verde, com apoio de Bolsonaro

Pedro Hara Pedro Hara -
Lissauer quer “gestão que aproxime as pessoas do município e não que as afaste”
Ex-presidente da Alego, Lissauer Vieira. (Foto: Maykon Cardoso/Alego)

Pré-candidato à Prefeitura de Rio Verde, Lissauer Vieira (PL) garante que já tem o “apoio incondicional” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Político experiente, o ex-presidente da Assembléia Legislativa de Goiás (Alego) sabe a disputa tende ser dura.

Por isso ele afirma ao ‘6 perguntas para’ desta semana que está “conversando com diversas frentes” para somar mais apoios.

Nao será o caso do atual prefeito, Paulo do Vale (UB). O chefe do Executivo rioverdense deve lançar o médico Wellington Carrijo (qual partido?) na disputa.

Lissauer, que disputará pela segunda vez o cargo, sustenta que está mais preparado e experiente após a passagem pela Presidência da Alego.

6 perguntas para Lissauer Vieira

1. Como está a sua pré-campanha à Prefeitura de Rio Verde?

Lissauer Vieira: Está caminhando de forma natural e progressiva. Filiamos e montamos a Comissão Provisória do Partido Liberal. Recebemos o apoio incondicional do presidente de honra do partido, Jair Bolsonaro, do senador Wilder Moraes e de todo o diretório da sigla. Estamos bastante motivados e nos preparando nos bastidores para formar a chapa de pré-candidatos a vereador, conversando com as pessoas para identificar, gradativamente, nossa pré-campanha, e ouvindo o que a população espera de um novo gestor para, então, formatar um plano de governo que contemple as demandas do município. Rio Verde não vai parar de crescer, vai continuar sendo destaque e referência para Goiás e para o Brasil.

2. Qual o maior desafio do próximo chefe do Executivo Municipal?

LV: Acredito que seja fazer uma gestão que aproxime as pessoas do município e não que as afaste. Rio Verde tem muitas oportunidades, tem trabalho, tem gente guerreira, tem terra fértil, mas o custo de vida não pode ser maior do que a vontade das pessoas de continuar ali. Precisamos de uma gestão que tenha essa sensibilidade, que consiga equilibrar a prosperidade do Agro e do comércio com a renda salarial. Planejamento também é outra questão importante para o próximo prefeito. Cidade próspera sem um plano de trabalho bem definido e boas parcerias, não caminha a passos largos.

3. Em 2016, você disputou e perdeu a eleição de prefeito para Paulo do Vale. O que aprendeu com aquele pleito?

LV: Desde cedo aprendi com o meu pai que não dá para ganhar sempre. E ainda bem, pois é na derrota que a gente aprende o caminho para vencer. De 2016 para cá minha vida mudou totalmente e, se hoje eu consigo afirmar que estou preparado para disputar a prefeitura de Rio Verde novamente, foi devido a tudo que passei ao não ganhar a eleição naquela época. Tive um período de muito aprendizado e maturidade política nesses últimos quatro anos à frente da Assembleia Legislativa de Goiás. Felizmente, foi uma trajetória da qual me orgulho, em que sei que o meu papel para o estado de Goiás foi determinante em muitos contextos. Aprovamos matérias essenciais para a população no período mais crítico que já vivemos até hoje, que foi a pandemia de Covid-19, finalizamos a construção da primeira sede própria do Poder Legislativo, participamos das principais decisões do estado, em conjunto com outros Poderes; e fizemos um trabalho de articulação mantendo sempre a integridade dos meus valores e da minha conduta. Todos esses fatores me trouxeram uma bagagem enorme, que, com certeza, farão a diferença para administrar Rio Verde.

4. Como avalia a atual gestão rio-verdense e, de zero a 10, que nota dá pra ela?

LV: Não sou hipócrita de dizer que a atual gestão não é boa apenas porque sou candidato no próximo ano. Uma coisa que não faz parte do meu perfil é ser ingrato ou mentiroso. Sou muito transparente com a forma de pensar e sei reconhecer que o prefeito Paulo do Vale fez sim uma boa gestão para a nossa cidade, até porque eu participei de boa parte desse processo, acompanhei as principais obras e projetos, ajudei também destinando emendas e articulando parcerias com o governo estadual e federal para que o nosso município continuasse crescendo. Hoje temos uma cidade bonita e bem cuidada, amparada na área da Saúde, mas estamos caminhando para outras necessidades. Política boa precisa ser para todos, no centro e nos bairros, no asfalto e na terra, sem distinção. O próximo prefeito tem que assumir mantendo o que está bom e planejando o que precisa ser mudado.

5. Quais partidos ou lideranças já abraçaram o projeto da sua pré-candidatura?

LV: Temos recebido o apoio e simpatia ao nosso projeto político de muitas pessoas e partidos políticos, como do ex-presidente Jair Bolsonaro. Mas ainda estamos em uma fase de diálogo, conversando com diversas frentes, discutindo parcerias e formatando um trabalho, então muita coisa ainda pode vir a acontecer. O momento agora é de construir, terá tempo para definir e então divulgar como o nosso projeto será trilhado.

6. Tem conseguido acompanhar os trabalhos na Alego? Os debates ideológicos andam cada vez mais acalorados.

LV: Tenho focado mais em acompanhar os desdobramentos municipais visando construir o nosso plano de governo. Mas claro que acabo vendo uma ou outra discussão. A Alego é uma Casa democrática, que concentra diversos partidos e ideologias, é normal que tenha divergências, isso faz parte da democracia. Agora, o que não é ideal é deixar de lado os problemas do nosso estado e ficar só focado em picuinha política. O Parlamento é um lugar sério, que discute o futuro da população, que valida a qualidade de vida que teremos, e não pode ser diminuído pela falta de afinidade e respeito entre os parlamentares.

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