Plano do 8/1 era prender Alexandre de Moraes e levá-lo para Goiânia
Ministro do STF revelou que eram vários os planos de ação, sendo que alguns envolviam até execução pública
Em uma revelação chocante, feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foram apontados três planos pretendidos pelos integrantes dos ataques antidemocráticos do dia 08 de janeiro. Um deles, inclusive, envolvia trazê-lo à força para Goiânia.
As conjecturas foram apontadas durante uma entrevista ao jornal O Globo, de modo que algumas incluíam ações como enforcá-lo e até o desovarem na estrada entre Brasília e Goiânia.
“Eram três planos. O primeiro previa que as Forças Especiais [do Exército] me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio”, contou.
Tais práticas configuram crime, de modo que estão sendo investigadas em um inquérito, que pode inclusive envolver a participação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Já o terceiro plano tinha um viés ainda mais agressivo, chegando a se assemelhar ao que a população italiana fez a Mussolini ao final do governo, em 1945 – quando o líder foi executado após uma derrota eminente na Segunda Guerra Mundial.
“O terceiro [plano] defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição”, afirmou ainda o ministro.
Após passar por tal experiência, Moraes revela ter mantido a mesma equipe de segurança que o acompanha desde que assumiu a Secretaria de Segurança Pública em São Paulo, ainda em 2014. No entanto, ele resolveu reforçar a guarda da própria família, além de apontar a importância de regulamentar as redes sociais, onde muitos discursos de ódio ganham força.