Médico de Anápolis denunciado por assédio pode ter de pagar R$ 200 mil a funcionários

Profissional se recusou a assinar Termo de Ajuste de Conduta, o que levou ao ajuizamento da ação

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Médico é sócio de cinco empresas e atua há mais de 20 anos (Foto: Reprodução/Marcos Santos/USP Imagens)

O Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO) atualmente processa um médico de Anápolis por assédio moral contra os funcionários. O homem é sócio de cinco empresas e possui mais de 20 anos de exercício de profissão.

Na ação, o MPT-GO solicita que o homem pare com a prática e, além disso, pague R$ 200 mil em reparação de danos.

O órgão recolheu relatos de nove funcionários, tanto atuais quanto sem vínculo, e, diante dos fatos, solicitou uma inspeção do ambiente de trabalho de uma das empresas do médico.

“Observamos um ambiente terrível, sobretudo no que diz respeito aos conflitos laborais, qualidade da liderança, ameaças de demissão e comportamentos ofensivos constantemente perpetrados pelo médico. Em relação ao estado geral de saúde e bem estar dos trabalhadores, foi constatada uma alta taxa de adoecimento”, explica o procurador do Trabalho Tiago Ranieri.

De acordo com o procurador, em uma das empresas, foi possível verificar que as disputas e desconfianças entre o quadro societário gera consequências diretas aos trabalhadores, o que torna o ambiente de trabalho adoecedor.

Vale ressaltar que entre os trabalhadores ouvidos, sete eram mulheres. Com isso, Tiago Ranieri pontua que há ” claramente intimidação e agressões voltadas para atingir especificamente mulheres”.

Para que a questão fosse resolvida sem a necessidade de ajuizar a ação, foi proposto um Termo de Ajuste de Conduta. Porém, o médico se recusou a assinar o documento.

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