Aplicativo de entregas é condenado a indenizar cliente destratado por entregador

Vítima teria sido ofendida e teve pedido jogado no chão após colaborador não concordar com forma de entrega da encomenda

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Montagem: Reprodução/Arquivo Pessoal

Um aplicativo de entregas foi condenado a indenizar um cliente em R$ 1 mil, após um entregador ofendê-lo e jogar o pedido no chão, por não querer subir até o apartamento, em Anápolis.

O caso tramitou na Justiça por 09 meses, até ter o resultado divulgado nesta quarta-feira (07).

Ao Portal 6, o advogado Francisco Fernandes da Silva, de 42 anos, afirmou que tinha realizado uma cirurgia no tornozelo na época, que não permitia que ele andasse por dois meses.

“Eu moro sozinho e fazia as compras pelo supermercado, pelo app. Tanto compras ordinárias, comuns mesmo, como também pedidos de lanche”, explicou.

Na data do ocorrido, o cliente teria feito uma encomenda costumeira, que chegou sem maiores problemas.

Contudo, assim que pediu para que o entregador subisse com o pedido, o colaborador da plataforma teria se negado.

Dessa forma, Francisco teria solicitado o cancelamento da compra, o que também não foi aceito pelo homem.

“Ele me viu reportando ao supermercado, e aí, resolveu subir. Não deu tempo nem do porteiro me interfonar. Ele nem olhou na minha cara, entregou o pedido na minha mão e já saiu de novo. Mas ele tinha entregado o pedido errado”, explicou.

Novamente, Francisco pediu para que o porteiro avisasse o colaborador que ele estava com a encomenda errada e teria que voltar.

O entregador, então, teria se enfurecido, subido ao apartamento e jogado o pedido do cliente no chão. Uma funcionária do prédio teria ajudado o advogado a pegar a comida.

Após o ocorrido, o colaborador da plataforma ainda teria falado para o porteiro que o cliente era um “cara folgado”.

A vítima afirma ter entrado em contato com o aplicativo por duas vezes, onde não conseguiu ser ressarcido pelas perdas dos produtos jogados no chão. Diante disso, uma ação civil foi aberta contra o aplicativo.

“Eu nem processei o entregador, processei a plataforma. Não queria causar nenhum tipo de retaliação”, destacou.

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