Especialista alerta para riscos da dengue durante a gravidez: “agravantes sérios e até óbito”

Conforme dados da SES, apenas nas primeiras semanas deste ano, Goiás já superou o total de casos confirmados da doença em 2023

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
(Daniel Reche / Pexels)

Com a crescente confirmação de casos de dengue em Goiás, aliado à preocupação das autoridades sobre uma iminente sobrecarga no sistema de saúde, os cuidados de prevenção para com a doença devem ser redobrados, especialmente quando o assunto são gestantes.  

De acordo com a infectologista pediátrica do Hospital e Maternidade Dona Iris, em Goiânia, Roberta Rassi, mulheres grávidas diagnosticadas com a arbovirose podem ter complicações graves da doença, que vão de parto prematuro até óbito – tanto da mãe quanto do feto.

“A dengue pode afetar significativamente o desenvolvimento fetal e a saúde da mãe durante a gravidez. […] Complicações como parto prematuro, baixo peso ao nascer, abortamento e óbito neonatal podem resultar da infecção por dengue durante a gestação”, explica. 

A identificação da doença em gestantes é mais uma preocupação das autoridades. Isso porque os sintomas da dengue podem se assemelhar aos sentidos durante a gravidez, o que gera uma dificuldade no diagnóstico. 

“Gestantes devem estar atentas a sinais como febre, náuseas, vômitos, dor no corpo e nas articulações, além de dor de cabeça”, destacou.

Só neste ano, conforme dados emitidos pelo Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Goiás já registrou 13.287 casos da doença. A quantidade chega a superar o total contabilizado em todo ano de 2023, que foi de 10.163 registros.

Diante do cenário e visando diminuir o risco de contaminação, a profissional recomenda que as gestantes façam o uso de repelentes durante toda a gravidez, uso de roupas que cubram a maior parte do corpo e a instalação de telas em janelas. 

“Em caso de infecção por dengue durante a gravidez, a gestante deve procurar atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para a realização de exames e início do tratamento. Dependendo do estágio da doença, ela pode ser encaminhada para uma maternidade de referência para acompanhamento especializado”, finalizou. 

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