Mães beneficiadas pelo Meu Lote Minha História acionam PM após serem hostilizadas por vizinhos: “queriam fazer um linchamento”

Ao Portal 6, elas revelaram que só queriam fazer uma visita nos lotes quando se depararam com moradores revoltados

Samuel Leão Samuel Leão -
Mulheres tiveram de acionar a PM. (Foto: Captura)

“Querem colocar a gente para correr, queriam fazer um linchamento”, esse é o relato de um grupo de mães anapolinas, contempladas pelo programa Meu Lote Minha História. Ao visitar os novos imóveis, na manhã deste domingo (18), elas relatam terem sido hostilizadas por moradores da região.

Ao Portal 6, elas revelaram que as propriedades ficam no bairro Las Palmas, e que haviam decidido ir juntas no local. Lá, afirmam terem sido recebidas por um grupo de moradores da região, que não aceitam que elas se mudem.

“Agiram como se nós estivéssemos errados, e nós éramos um grupo de mães, dentre elas cadeirantes e inclusive acompanhadas de crianças, algumas com autismo. Chamamos a polícia para registrar a ocorrência e deu a entender que eles podem continuar com o motim”, desabafou Cristiane Vieira, de 35 anos.

Segundo ela, são grupos de 10, 15 e até 20 moradores, que estariam utilizando os lotes baldios para plantar e estacionar veículos, sob a alegação as propriedades que elas ganharam estariam embargadas.

No entanto, elas garantem que já têm toda a documentação providenciada pela Prefeitura.

“Desde o dia 07 de dezembro a gente tem posse e alvará de construção, podemos instalar padrões de água e luz. Fomos em três ver os lotes hoje e os moradores insistiram que não iríamos nos instalar lá. O pessoal ficou até falando que lá está embargado, mas não está”, completou.

A situação acabou terminando com as mães desistindo de realizar os primeiros cuidados com os terrenos, indo embora constrangidas e afirmando terem sido hostilizadas pelos futuros vizinhos.

Outra contemplada apontou também uma dificuldade para conseguir o que foi prometido pela Prefeitura de Anápolis.

“Foi prometido pelo atual prefeito uma ajuda de custo de R$ 10 mil para ajudar no início da construção das obras. A maioria das pessoas que ganharam não tem condições de construir, e esse dinheiro ficou só na palavra, até agora não recebemos”, declarou Ana Paula Nascimento, de 27 anos.

O Portal 6 solicitou da Prefeitura de Anápolis um posicionamento sobre a solicitação e não obteve retorno.

 

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