Proprietária de residência é presa após ataque homofóbico contra inquilino em Goiânia

Mulher acusou morador de levar outros “machos para fazer sexo no local”

Davi Galvão Davi Galvão -
Central Geral De Flagrantes de Goiânia (Foto: Reprodução)

O que começou com uma denúncia de agressão envolvendo arma de fogo acabou se tornando, na verdade, uma confusão motivada por motivos homofóbicos, na tarde deste sábado (24), no Setor Nova Horizonte, região Central de Goiânia.

Tudo começou quando os militares receberam a denúncia de uma mulher, de 51 anos, que afirmava estar sendo ameaçada por um inquilino, supostamente armado, de 31 anos, morador do imóvel que ela possui.

Chegando ao endereço em questão e conversando com os envolvidos, os policiais compreenderam que a situação tratava-se do inverso, com a denunciante sendo, na verdade, a agressora.

Conforme atestado pelo laudo pericial, o homem havia sido agredido pela proprietária – que se encontrava bastante exaltada e agressiva – com um pedaço de concreto, na altura do braço.

De acordo com a vítima, a mulher queria expulsá-lo do local após uma série de desavenças, tendo ela inclusive chamado-o de “viadinho” e afirmado que iria chamar o filho para agredi-lo, por estar chamando “machos para fazer sexo” na residência.

Ele ainda destacou que todos os aluguéis, contas de água e luz estavam em dia, não conseguindo ver motivos, além dos ataques homofóbicos, que justificassem a decisão da proprietária em mandá-lo embora.

A mulher foi encaminhada até a delegacia da Polícia Civil (PC) e autuada pelo crime de homofobia, que, desde agosto do ano passado, após uma decisão do STF, passou a ser reconhecido, em certos casos, como crime de injúria racial.

Portanto, não foi concedido fiança à suspeita, que permanecerá sob a tutela do Estado.

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