Fracasso da segunda gestão Roberto Naves dividiu direita em Anápolis e união defendida por Caiado se tornou praticamente impossível

Governador pode acabar optando por não apoiar nem Márcio Corrêa nem Márcio Cândido, que disputam para tê-lo no palanque

Pedro Hara Pedro Hara -
Márcio Corrêa (MDB) e Márcio Cândido (de saída do PSD) disputam apoio de Caiado. (Foto: Elvis Diovany/Portal 6 e Reprodução/Redes Sociais)

Na eleição de 2020, 61,28% dos eleitores de Anápolis elegeram Roberto Naves (Republicanos) contra Antônio Gomide (PT). Foi um “sim” para uma segunda gestão que, faltando nove meses para encerrar, mostrou-se um verdadeiro fracasso e um grande problema para a direita local, fragmentada no momento e sem sinais de chegar à união em torno de um único nome.

Os mais bem posicionados, após o afunilamento das pré-candidaturas, são Márcio Corrêa (MDB) e Márcio Cândido (de saída do PSD). Ambos disputam apoio do governador Ronaldo Caiado (UB) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que ostentam alta popularidade na cidade e têm potencial de reverter o atual cenário, onde Gomide – derrotado há três anos – lidera com folga.

Márcio Corrêa, terceiro lugar na eleição passada, tem o vice-governador Daniel Vilela (MDB) e lideranças de direita insatisfeitas com a gestão Roberto como principais fiadores de seu nome à disputa. Márcio Cândido, eleito vice duas vezes, conta com Roberto e lideranças evangélicas defendendo ele no páreo.

Caiado quebrou o silêncio nesse final de semana e deu sinais de que pode acabar não apoiando nenhum dos dois. “Em Anápolis está se vivendo algo inédito. Os candidatos que são do nosso segmento estão disputando entre eles, deixando o outro candidato solto. Tem de ter bom senso. Se você cria uma divisão interna e o outro transita sem oposição nenhuma, não vai ter um bom resultado. Isso nunca deu certo”, disse primeiramente ao O Popular.

Na coletiva que lançou Sandro Mabel (de saída do Republicanos) à Prefeitura de Goiânia, o governador voltou a falar da situação no município e completou sendo mais enfático, dizendo que “se for pra dividir a base, não tem sentido, nem tem por que o governo entrar”.

O dilema de Vanderlan na disputa pela Prefeitura de Goiânia

Mesmo com o recall de duas eleições disputadas e à frente em diversos cenários das últimas pesquisas realizadas, o senador Vanderlan Cardoso (PSD) enfrenta o dilema de, até o momento, não ter conseguido apoios consistentes na pré-candidatura a prefeito da capital.

A entrada de Sandro Mabel no pleito, anteriormente anunciado como coordenador do plano de governo do ex-prefeito de Senador Canedo, é mais um retrato desta dificuldade que o congressista vem tendo na corrida ao Paço Municipal. Vanderlan teve diálogos com a base caiadista e o grupo da Delegada Adriana Accorsi (PT), mas não avançou. Resta saber o que vem por aí.

PSD se torna a “noiva cobiçada” das eleições em Anápolis

Aguardando a saída de Márcio Cândido para o União Brasil ou PL, o PSD se tornou a “noiva cobiçada” das eleições em Anápolis. Tanto Antônio Gomide quanto Márcio Corrêa esperam coligar com a sigla. O petista confia nas articulações de Brasília para garantir o partido, enquanto o emedebista tem o apoio do diretório municipal e do ex-presidente estadual Vilmar Rocha.

Denes Pereira garante Coronel Adailton no comando do Solidariedade

O presidente estadual do Solidariedade, Denes Pereira, garante que o deputado estadual Coronel Adailton só não fica no comando da legenda em Anápolis se não quiser. Uma crise foi instalada no partido desde a informação de que a cúpula nacional indicou apoio a Antônio Gomide. Coronel Adailton tinha anunciado aliança com Márcio Corrêa, pleiteando, inclusive, uma vice.

Sobre esse imbróglio, Denes afirma que existem sim conversas do Solidariedade com os dois, mas que não há nada definido ainda.

Leandro Vilela ganha força para ser escolhido em Aparecida

Com Vilmar Mariano não conseguindo emplacar até agora e já buscando outro partido, o ex-deputado federal Leandro Vilela (MDB) pode ser lançado nos próximos dias como o nome apoiado pela base para disputa em Aparecida de Goiânia. Praticamente tudo acertado com Caiado, Daniel Vilela e Gustavo Mendanha (MDB).

Faltam poucos detalhes. Um deles, consultado pela Rápidas no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é a transferência do título de Jataí para o município. O prazo vai até 06 de abril.

Jacksan Magalhães chega ao MDB para ser candidato a prefeito de Teresina de Goiás

Presidente da Câmara Municipal de Teresina de Goiás, o vereador Jacksan Magalhães trocou o PSD pelo MDB e está confirmado como candidato a prefeito do município do Nordeste Goiano. Bem articulado, recebeu as bençãos do vice-governador Daniel Vilela e dos deputados estaduais Amilton Filho e Lucas Calil (MDB). É uma das promessas do partido na região da Chapada dos Veadeiros.

Nota 10

Para o projeto Plantão Psicológico da Universidade Federal de Goiás (UFG), que oferece acolhimento gratuito à comunidade prestando atendimento para tratar questões urgentes de modo breve e focal. Para acessar o serviço não é preciso agendamento prévio. Basta ir até o Centro de Psicologia da UFG, na Faculdade de Educação (Rua 235, nº 575, Setor Leste Universitário, Goiânia), às segundas, terças e quintas-feiras, das 08h às 12h e das 14h às 18h.

Nota Zero

Para a Faculdade do Instituto Brasil (Fibra) em Anápolis. Alunos formados neste último semestre denunciam que, após a instituição ser vendida, foi instituída uma cobrança de R$ 325 para colação de gabinete e emissão dos diplomas. Segundo eles, os concluintes que escolhem esta opção são justamente aqueles que não têm condições de arcar com a colação festiva. Rápidas tentou contato com a Fibra, mas não obteve retorno.

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