Radares de velocidade ganham data para voltar a funcionar em Goiânia

Equipamentos estarão multando durante período limitado na capital

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Radares de Goiânia. (Foto: Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Após quase dois meses, os radares semafóricos de Goiânia – que estavam desligados desde o dia 14 de junho – voltam a operar na capital. Porém, o funcionamento dos aparelhos acontecerá por um período limitado, de apenas dois dias.

De acordo com a Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) do município, os equipamentos estarão multando durante esta quinta-feira (08) e sexta-feira (09). Depois desses dias, os radares serão retirados, sem previsão da instalação de novos.

A justificativa para o retorno da operação durante os dias se deve ao rompimento do contrato emergencial, de forma unilateral, por parte da Eliseu Kopp & Cia Ltda – empresa responsável por prestar o serviço na cidade desde 2017 -, que interrompeu os serviços dois dias antes do prazo.

Conforme o órgão, até o mês de junho, 426 faixas – dentre elas medidores de velocidade, monitoramento de faixa de pedestre, avanço de sinal vermelho e fiscalização de faixas exclusivas – eram monitoradas, além de 70 redutores de velocidade.

Entenda 

Firmado em 2023, o acordo emergencial – que tinha duração de 12 meses ou até a finalização de um novo processo licitatório – entre a Eliseu e a Prefeitura previa que o órgão municipal repassasse R$ 1 milhão mensalmente. 

No entanto, segundo dados do Portal da Transparência da Prefeitura, em junho, foram enviados R$ 43,5 mil e nenhum em janeiro. Em fevereiro, foram desembolsados R$ 2,5 milhões; em março, R$ 878,7 mil; em abril, R$ 834,7 mil; em maio, R$ 784,5 mil.

Na época, em nota enviada à imprensa, a empresa alegou ter “expressivos valores a receber”. A SMM, porém, negou o débito. 

“A empresa segue com os equipamentos instalados, porém, inoperantes, até que sobrevenha ordem da Administração para retomada do contrato”, diz um trecho. 

Logo após a suspensão, em 19 de junho, a pasta consultou o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) sobre a possibilidade de prorrogação do contrato emergencial, mas recebeu uma negativa. 

Nada novo… 

Em 2016, ainda na gestão do ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende, a empresa havia vencido uma licitação e iniciado os serviços no ano seguinte, em 178 pontos. 

Já em 2021, sob o mandado de Rogério Cruz (Republicanos) os locais fiscalizados pela Eliseu chegaram a 258. Neste período, a administração começou a atrasar os pagamentos, ocasionando desligamentos temporários. 

Durante o ano, por exemplo, os radares ficaram inoperantes durante outubro e nos dez primeiros dias do mês de novembro. O mesmo problema se repetiu em abril de 2023. 

Na época, a Eliseu afirmou que estava sem receber a contraprestação mensal da Prefeitura há 09 meses. Em junho de 2022, foi firmado  um aditivo de contrato de 12 meses, após o Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) suspender a primeira tentativa da Administração da publicação de uma licitação para contratar uma nova empresa para o serviço. 

 

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