Goianos já faturam alto com a compra de imóveis para aluguel de curta temporada

Acima da média naciona do total de segundo imóveis de uso ocasional, Goiás possui uma taxa de 7,67% - conforme o IBGE

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Goiás está acima da média nacional quanto à taxa de imóveis não-ocupados de uso ocasional, conforme IBGE (Foto: Divulgação/My Broker)
Goiás está acima da média nacional quanto à taxa de imóveis não-ocupados de uso ocasional, conforme IBGE (Foto: Divulgação/My Broker)

Nada melhor que fugir da cidade para uma casa à beira de um lago, onde é possível relaxar ao lado da família, voltar à cidade e ainda ganhar com o imóvel. Essa perspectiva tem despertado o interesse de brasileiros, com um aumento de 70% de domicílios vagos particulares para uso ocasional – a famosa casa de férias – entre 2010 e 2022, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Goiás, sobretudo, é um destaque do segmento que se aquece.

Acima da média nacional, de 7,38% do total de segundo imóveis de uso ocasional, Goiás possui uma taxa de 7,67%. O segmento foi impulsionado pela pandemia, devido à busca por residências alternativas para descanso e lazer durante o isolamento social.

De acordo com o sócio da My Broker Incorporadora, Victor Albuquerque, Goiás também apresenta um contexto específico que contribui para a popularidade desse tipo de imóvel. “Somos um estado com cultura rural. Desfrutar de uma casa de campo, um sítio ou uma chácara faz parte dos nossos hábitos de lazer. E também por causa do estresse e ansiedade cada vez mais presentes na rotina de quem vive nas grandes e até médias cidades. As pessoas estão em busca de pausas, de um respiro”, aponta.

Para além da tradição goiana, outro fator explica o crescimento das segundas moradias – as plataformas de aluguel de curta temporada, como o Airbnb.

Isso porque, em tempos passados, a segunda residência era sinônimo de grama alta, manutenções constantes e, por vezes, a necessidade de contratação de “caseiros” durante os períodos em que o proprietário reside na primeira casa. Hoje, os imóveis já não acumulam poeira.

“Agora, virou um ativo. Deixou de ser só despesa para ser receita também”, explica o sócio da My Broker, Ronaldo Dantas. O mercado brasileiro já se posiciona entre os três maiores mercados do Airbnb.

Allex Lucena é um dos proprietários que viu na plataforma uma oportunidade de aumentar a renda. Ele, que possui quatro imóveis voltados para o aluguel de curta temporada, relata ganhos mensais superiores a R$ 40 mil.

Fuga para o campo

Entre as diversas opções afastadas das grandes cidades, mas próximo o suficiente para garantir conforto, Abadiânia se destaca. A 90km de Goiânia, o município foi escolhido pela My Broker para sediar o primeiro empreendimento, o Encontro das Águas. Allex Lucena está entre os compradores de um dos lotes, já com o intuito de divulgar nas plataformas.

No entanto, o condomínio está longe de ser o único – um a cada três imóveis do município são casas de segunda moradia. “Nós aproveitamos a boa localização da cidade, que fica no eixo Goiânia-Brasília, onde vivem mais de seis milhões de pessoas em ritmo de vida acelerado e oferecemos uma alternativa para quem deseja “fugir” da agitação e do estresse de sua rotina, e quer mais tranquilidade para recarregar as energias”

De acordo com o IBGE, outros dois municípios com altos índices de imóveis não-ocupados para uso ocasional são Caldas Novas e Rio Quente, paradas tradicionais para passar as férias e feriados em Goiás.

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