Casal de namorados e irmãos são indiciados por incêndios que destruíram 130 hectares na Grande Goiânia

Investigados teriam ateado fogo em lixos e em colchão, resultando na destruição da preservação de diferentes áreas

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Incêndio no Parque Lagoa Vargem Bonita, em Goiânia. (Foto:Divulgação/Polícia Civil)

Um casal de namorados e dois irmãos foram indiciados por suspeitas de terem causado incêndios na Região Metropolitana de Goiânia. Em um dos casos, ocorrido no Parque Lagoa Vargem Bonita, 100 hectares foram destruídos, enquanto mais de 30 foram queimados no Parque Serra das Areias, em Aparecida de Goiânia. 

As duas investigações foram concluídas pela Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema) e encaminhadas ao Poder Judiciário neste mês, após os envolvidos descumprirem o artigo 250 do Código Penal, ao iniciarem as chamas e colocarem em risco a vida de outras pessoas e patrimônio alheio. A pena varia de 03 a 06 anos de prisão, podendo ter aumento em razão de agravantes. 

O primeiro caso registrado aconteceu no dia 28 de agosto, quando dois trabalhadores rurais – que são irmãos – foram contratados para fazer a limpeza do terreno de uma chácara no Parque Lagoa Vargem Bonita e atearam fogo em um lixo.

Logo em seguida, eles saíram para almoçar sem perceber que as chamas ainda estavam acesas. Um vento espalhou o fogo, resultando na destruição de 100 hectares de áreas de preservação e lavoura. O Corpo de Bombeiros foi acionado e conseguiu apagar o incêndio no mesmo dia. 

De acordo com as investigações, os envolvidos estavam trabalhando no local há cerca de um mês e já tinham como prática rotineira incendiar montes de lixo. O crime foi considerado culposo e não intencional.  

O segundo caso investigado ocorreu no dia 06 de setembro, quando um casal de namorados estacionou na beira da estrada, na Serra das Areias, jogou o colchão e ateou fogo no item, indo embora na sequência. 

As chamas se alastraram e causaram danos na região, afetando 30 hectares do parque. Os bombeiros foram acionados e contiveram o incêndio ainda na data. 

A princípio, a dupla mentiu para os policiais, alegando que estavam no local apenas para aproveitar uma cachoeira próxima. Posteriormente, eles confessaram o crime. 

Questionados, eles afirmaram que queriam jogar o colchão fora porque a cadela havia parido nele e o deixado sujo, e que o homem teria dado a ideia de queimá-lo. 

Ambos já tinham costume de ir até o local para fazer descartes usando fogo e, pouco tempo antes, no mesmo lugar, haviam queimado um guarda-roupa. 

 

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