Esses são os próximos passos da investigação que levou aos mandados de prisão contra Gusttavo Lima e Deolane Bezerra

Influenciadora foi solta após ser beneficada com habeas corpus, enquanto cantor teve ordem revogada

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Gusttavo Lima e Deolane Bezerra. (Foto: Reprodução/ Redes sociais)

A Operação Integration da Polícia Civil (PC) que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro em decorrência de um jogos ilegais, e envolveu os nomes do cantor Gusttavo Lima e da influenciadora Deolane Bezerra, agora entrará em uma nova fase.

Após o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) devolver o inquérito da PC, pedindo novas diligências e substituições das prisões preventivas por outras medidas, o próximo passo é que a polícia retome as investigações do caso para que o MPPE detalhe as ações que faltam ser feitas.

De acordo com o professor de Direito Penal e Direito Processual Penal na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e na Universidade de Pernambuco (UPE), Durval Lins, ao G1, a juíza Andréa Calado da Cruz, não seguiu uma das vertentes do MPPE, quanto à desnecessidade das prisões. No entanto, ele afirma que ela “certamente vai seguir em relação à determinação da realização de diligências”.

“Pode ser até que ela devolva ao promotor para que diga quais são as investigações que ele deseja que se realizem. Mas, na sequência, ela passa para a polícia terminar o trabalho de investigação”, afirmou.

Conforme explicado, dois processos tramitaram de forma divergentes em relação ao caso. Um deles, fala sobre o inquérito policial, analisado pela juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife.

Já o outro diz respeito aos pedidos de habeas corpus, julgados pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Vale destacar que Deolane e a mãe dela, Solange Bezerra, foram soltas após serem beneficiadas com a medida, enquanto o cantor teve a ordem de prisão revogada na terça-feira (24).

De acordo com Durval, os novos passos da investigação estão sendo analisados na primeira instância pela 12ª Vara Criminal. Embora a polícia tenha 30 dias para concluir o inquérito, o prazo pode mudar a depender da complexidade do caso.

“Esse caso não vai se resolver rapidamente. São valores muito vultosos, alguns desses valores vão esbarrar em questões de sigilo, vão demandar uma atuação judicial. Então, por baixo, a gente vai ter, pelo menos, 90, 120 dias para a realização dessas diligências. Não está previsto na lei, mas não seria nenhum absurdo diante da complexidade da causa e da pluralidade de domicílios dos envolvidos”, diz.

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