Empresário que matou ex-esposa e namorado dela é condenado a mais de 48 anos de prisão, em Goianápolis
Ele também terá que pagar, a título de indenização, R$ 100 mil para as famílias das duas vítimas
Luciano Luiz Santos, de 41 anos, foi condenado a 48 anos, dois meses e 21 dias de prisão pelos crimes de feminicídio triplamente qualificado, homicídio duplamente qualificado, tentativa de homicídio contra agentes de segurança pública e também o descumprimento da medida protetiva. A decisão ocorreu após o júri popular, realizado na terça-feira (21), em Goianápolis.
O condenado, que é empresário, respondia pelos assassinatos brutais da ex-esposa e do namorado dela, praticados ainda no dia 10 de fevereiro de 2024. Gislane Silva de Oliveira, de 40 anos, e João Paulo de Deus Nascimento Tibúrcio, de 31 anos, foram mortos a tiros dentro de casa. Ele também terá que pagar, a título de indenização, R$ 100 mil para as famílias das duas vítimas.
Durante o julgamento, que começou no início da manhã e terminou apenas no final da noite de terça-feira (21), diversos amigos e familiares das vítimas expressaram indignação pelo ocorrido, entoando pedidos de Justiça antes do começo e aos intervalos. A defesa do réu teria tentado alegar legítima defesa, apontando um confronto com João Paulo, mas a tentativa foi frustrada.
No dia do crime, o homem se aproveitou do filho que tem com a mulher, que possuía um controle do portão da residência dela no carro. Após pedir o veículo emprestado, Luciano se dirigiu até a casa da vítima e adentrou o imóvel armado, abrindo o portão.
A invasão ocorreu apenas um dia após mulher havia mudar o status nas redes sociais, anunciando o novo namorado e declarando “Tudo que pedi pra Deus. Meu amor chegou”. O ex disparou contra ela e o companheiro diversas vezes.
Na sequência, policiais compareceram para atender à ocorrência, mas só conseguiram contê-lo quando as balas da arma utilizada no crime acabaram. Assim, ele também foi condenado pela ação praticada contra os militares.
Vale relembrar que a investigação revelou que a vítima possuía medida protetiva contra o ex-marido desde 2022, após episódios de ameaça e perseguição. Em dezembro de 2023, ele chegou a ser preso por descumprir a ordem judicial.