TJGO mantém suspensão de benefícios a suspeitos de fraudar laudos do Césio-137
Valores podem chegar a R$ 20 milhões mensais e 644 ações foram atingidas
A suspensão dos benefícios concedidos judicialmente a supostas vítimas do acidente com o Césio-137, em 1987, foi mantida pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO).
A decisão é do presidente do órgão, desembargador Carlos Alberto França, atendendo a um pedido da Goiás Previdência (GoiásPrev) e do Governo de Goiás, que apontaram fraudes que podem chegar a R$ 20 milhões.
Deflagrada em setembro de 2024, a Operação Fraude Radioativa investigou o uso de laudos médicos falsificados informando sequelas provocadas pelo acidente radioativo.
Foram 644 ações atingidas pela decisão do presidente do TJGO. Os documentos teriam sido emitidos em nome de um médico que não fazia parte da unidade de saúde mencionada nos processos de pedido dos benefícios.
Na decisão, Carlos Alberto França aponta que não suspender os benefícios, diante da dúvida, provoca um prejuízo financeiro expressivo e compromete a credibilidade da Justiça.
“A prevalecerem tais decisões, o Estado de Goiás continuará a suportar um prejuízo financeiro expressivo, além do risco de comprometimento da ordem pública e da credibilidade da Justiça”, afirmou.