Advogada expõe absurdo que escola quis obrigar mãe fazer com a filha

Tudo teria começado quando a criança levou um bolo de cenoura para a escola, "chateando" um colega

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Advogada expõe absurdo que escola quis obrigar mãe fazer com a filha
Tayrine Novak é a mãe da criança que viveu a situação. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Bastante conhecida nas redes sociais, a advogada Miriane Ferreira (@dra.mirianeferreira) utilizou a visibilidade no Instagram para expor o absurdo que uma escola no Paraná quis obrigar uma mãe a fazer com a filha.

Tudo começou quando a genitora foi convocada para uma reunião com o jurídico da instituição de ensino e a Secretaria da Educação, por ter enviado um bolo de cenoura para o lanche da filha celíaca.

Tayrine Novak, a mãe da Thaylla, de 9 anos, gravou toda a situação e, indignada com o que estava acontecendo, decidiu compartilhar nas redes sociais. O caso rapidamente viralizou, chamando atenção pelo absurdo.

No vídeo, um representante da escola afirma que uma outra mãe teria reclamado da criança levar comidas que não são iguais as que o filho come, deixando ele com vontade.

Tayrine então explicou que não tem condições de arcar com os custos de um pão sem glúten, por exemplo, já que o preço é elevado e teria que comprar para toda a família.

Causando ainda mais indignação, a escola sugeriu que Thaylla então almoçasse em casa, já que os “alimentos devem seguir rigorosamente e ser semelhantes”.

Na publicação compartilhada nas redes sociais, a advogada Miriane comentou o caso e explicou que a doença da garotinha é séria e que, segundo a lei, ela deveria ter direito a um cardápio especial.

“A doença celíaca é uma condição autoimune séria: quem convive com ela não pode consumir alimentos que contenham glúten. A legislação brasileira (Lei nº 12.982/2014) garante às crianças com necessidades alimentares específicas o direito a um cardápio especial fornecido pela escola”, explica.

“Em complemento, a Lei Municipal nº 4.513/2024, de Araucária, cidade em que ocorreu o lamentável episódio, autoriza expressamente que crianças celíacas levem seu próprio alimento para a escola”, complementou.

A advogada ainda destaca que tal episódio expõe dois problemas urgentes na sociedade, sendo eles a invisibilidade da causa celíaca, assim como a “formação de uma geração que não suporta o menor desconforto”.

 

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