Da picanha ao bife de chorizo argentino: conheça os principais tipos de churrasco pelo mundo
Fogo, carne e muito sabor: o churrasco é um idioma universal — e cada país tem o seu sotaque


Não importa se você é do time da picanha suculenta, do brisket defumado ou do bife de chorizo malpassado — o churrasco é um daqueles prazeres que atravessam fronteiras e colocam todo mundo ao redor da grelha com um sorriso no rosto (e um garfo na mão).
Aqui no Brasil, a estrela absoluta é a picanha, geralmente assada no espeto, só com sal grosso e uma bela camada de gordura que derrete na brasa. Mas como explica o chef Fabio Lazzarini, por trás de casas renomadas como o Varanda D.inner, em entrevista à CNN, “somos muito democráticos”. Tem espaço pra fraldinha, alcatra, maminha… e até briga na família sobre qual ponto é o ideal.
O churrasco por aqui tem raízes profundas, literalmente. Ele chegou com os Sete Povos das Missões no século 17, e se consagrou no sul do país com o famoso fogo de chão — aquele método rústico e paciente que assa costelão por horas e horas.
Da picanha ao bife de chorizo argentino: conheça os principais tipos de churrasco pelo mundo
Na Argentina, o churrasco — ou asado — é quase um ritual sagrado. Cortes como bife de chorizo, entraña e asado de tira são assados lentamente na parrilla, uma grelha inclinada sobre brasas de lenha.
O segredo? Controle de temperatura, paciência e carne de qualidade, claro. E, diferente do Brasil, nada de carvão por lá: a lenha quebracho reina absoluta, produzindo brasas duradouras e sem labaredas.
O Uruguai também tem seu próprio charme parrillero, com destaque para o asado de tira e o vacio (a nossa fraldinha). Por lá, a grelha costuma ficar mais afastada do fogo, garantindo cozimento lento e uniforme.
E quem disse que sangue não tem vez? A morcilla, linguiça feita com sangue bovino, é um clássico por lá.
Já nos Estados Unidos, o churrasco vai por outro caminho: o da fumaça. No sul do país, especialmente no Texas, reina o famoso barbecue, com carnes como brisket (peito bovino) sendo defumadas por até 12 horas!
É uma alquimia que envolve madeira de nogueira, especiarias e muito, mas muito amor pela crosta caramelizada.
E não para por aí: na Coreia do Sul, o churrasco acontece direto na mesa, com carnes fininhas marinadas no shoyu e grelhadas ao lado de conservas.
E até o “churrasco mongol” (que, ironicamente, surgiu em Taiwan) mistura carnes e legumes numa chapa circular com direito a espaguete.
No fim das contas, não existe um “melhor churrasco do mundo”. Como disse o chef Lazzarini: o ideal seria um combo de todos. E sejamos sinceros: se tiver carne boa, fogo e bons amigos por perto, qualquer churrasco é perfeito.
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