Educação ambiental que gera trabalho, renda e cidadania

Cuidar do lixo é, também, cuidar da saúde pública, da economia circular e do uso racional dos recursos naturais

Antônio Gomide Antônio Gomide -
Educação ambiental que gera trabalho, renda e cidadania
(Foto: Arquivo Pessoal)

Quando falamos em meio ambiente, nem sempre lembramos do destino do lixo que produzimos. Mas ele está presente todos os dias, impactando o solo, os cursos d’água, o ar e, consequentemente, a nossa qualidade de vida.

Em Anápolis, escolhemos trilhar um caminho de responsabilidade ambiental e compromisso social. Em 2010, desativamos o antigo lixão, que comprometia a saúde pública e o meio ambiente, e implantamos o aterro sanitário. Essa decisão representou o primeiro passo de uma transformação estrutural na política de resíduos da cidade.

A partir dessa mudança, mais de 50 famílias que viviam em condições de extrema vulnerabilidade nos lixões foram realocadas e passaram a viver com dignidade, por meio do programa Minha Casa, Minha Vida. Também implantamos três lagoas específicas para o tratamento do chorume, reduzindo riscos de contaminação do solo e da água.

(Foto: Arquivo Pessoal)

Com o fortalecimento da gestão dos resíduos, ampliamos os galpões de triagem e implantamos a primeira cooperativa de catadores do município: a Associação de Gestores da Coleta Seletiva de Anápolis (Agecosa). Um espaço planejado para o fortalecimento da coleta seletiva, promovendo o reaproveitamento de materiais recicláveis e a geração de renda. Um modelo que transforma descarte em oportunidade, e promove inclusão social por meio do trabalho.

O avanço da política de resíduos também se reflete na ampliação do serviço: saímos de 13 para 72 bairros atendidos com coleta seletiva.

Nesse ambiente, o que antes era invisível ganha valor. Materiais que seriam destinados ao lixo tornam-se fonte de sustento. E, mais do que isso, quem atua nessa cadeia passa a ser reconhecido como parte fundamental de um sistema que une cidadania, renda e respeito ambiental.

Cuidar do lixo é, também, cuidar da saúde pública, da economia circular e do uso racional dos recursos naturais.

Por isso, na Assembleia Legislativa, fortalecemos a atuação dos catadores e catadoras com políticas públicas efetivas, como a Política Estadual de Reciclagem. A iniciativa promove a inclusão social, apoia as cooperativas e amplia a cadeia da reciclagem em Goiás, gerando emprego, renda e mais eficiência na gestão dos resíduos.

Cuidar dos resíduos é uma escolha, mas também um ato de respeito. É assumir a responsabilidade da “Casa Comum”. Tarefa de todos nós.

(Foto: Arquivo pessoal)

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