Ex-gerente da Caixa em Goiânia é condenado por fraude com CPFs e terá de devolver mais de R$ 3 milhões

Funcionário autorizava saques sem cartão e liberava acessos ao Caixa TEM para terceiros movimentarem contas do Auxílio Emergencial

Samuel Leão Samuel Leão -
Ex-gerente da Caixa em Goiânia é condenado por fraude com CPFs e terá de devolver mais de R$ 3 milhões
(Foto: Agência Brasil/Arquivo)

O ex-gerente da Caixa Econômica Federal (CEF) em Goiânia, Carlos Sílvio de Freitas Júnior, foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por comandar um esquema de fraude que desviou recursos do Auxílio Emergencial a partir da liberação indevida de saques e acessos a contas sociais em nome de terceiros.

De acordo com a decisão, Carlos Júnior terá de devolver R$ 1,56 milhão à Caixa — valor atualizado até fevereiro deste ano — e pagar uma multa de valor semelhante ao Tesouro Nacional. A soma ultrapassa R$ 3 milhões. Ele também ficará proibido de exercer cargos em comissão ou funções públicas na esfera federal por oito anos.

A informação foi divulgada com exclusividade pelo colunista Tácio Lorran, do site Metrópoles.

Segundo o relatório do TCU, o ex-gerente utilizava o sistema interno da Caixa para realizar comandos como “Autoriza Saque” e “Autoriza Dispositivo”, permitindo que terceiros acessassem o aplicativo Caixa TEM ou retirassem dinheiro nos terminais de autoatendimento sem cartão — por meio de senhas temporárias válidas por duas horas.

Foram mais de 11 mil comandos para saque e mais 11 mil liberações de dispositivos entre agosto de 2020 e março de 2021. A prática era feita quase todos os dias e atingiu pelo menos 386 CPFs que, posteriormente, foram movimentados por suspeitos investigados pela Polícia Federal (PF). O maior saque chegou a R$ 25.934.

As operações ocorreram em sequência e em alta velocidade — até quatro em um único minuto — indicando que os documentos já estavam reunidos em listas prontas. O caso foi descoberto dentro da Operação Et Caterva, da Polícia Federal, deflagrada em 12 estados, incluindo Goiás.

A Caixa informou que Carlos Júnior não faz mais parte do quadro de empregados desde outubro de 2021.

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