10 palavras lindas da língua portuguesa que quase ninguém usa e o significado de cada uma delas
Elas nos lembram que nossa língua não é apenas ferramenta: é jardim, arca e mapa

Há um momento na história das línguas em que palavras são embaladas, rotuladas como antigas ou “fora de uso”, e deixadas na prateleira do esquecimento — como cartas nunca enviadas.
No português, esse acervo silente esconde tesouros: vocábulos belíssimos que soam com poder por si mesmos, mas que raramente cruzam nossa fala cotidiana. Revistar esse léxico é como abrir gavetas do tempo e recolher pétalas que resistiram aos ventos da modernidade.
Aqui estão dez palavras com musicalidade e significado digno de revival — e o melhor: cada uma delas tem razão de existir, segundo fontes confiáveis.
10 palavras lindas da língua portuguesa que quase ninguém usa e o significado de cada uma delas
1. Alvíssaras
Expressão que significa boas novas ou recompensa por notícia bem-vinda. Segundo a Revista Rua, “alvíssaras” é usada para anunciar júbilo e reconhecimento.
2. Polografia
Nome curioso para “descrição do céu” ou “registro da abóbada celeste”. Figura em listas de termos raros do português.
3. Senescência
Trata-se do processo natural de envelhecer. Atinge organismos vivos, e não só pessoas, e aparece em vocabulários especializados.
4. Diletante
Muito mais elegante que “amador”, diletante é quem se dedica a uma arte ou ciência por prazer, sem ambição profissional.
5. Graçolar
Verbo deliciosamente raro: significa contar piadas, fazer gracejos. Está em listagens de 20 palavras pouco conhecidas da língua portuguesa.
6. Jaez
Vocábulo de origem árabe que designa “espécie, padrão, feição”. Também aparece como conjunto de atributos.
7. Inócuo
Que não causa dano, que é inofensivo. Um adjetivo que cabe muito bem em discursos científicos ou literários — mas pouco visto na fala corrente.
8. Homizio
Desuso raro, mas carregado de significado: abrigo, esconderijo, refúgio. Reaparece em textos arqueológicos e literários antigos.
9. Irrupção
Versão menos comum de “invasão súbita” ou “entrada repentina”. Ocorre em textos formais e em discurso literário.
10. Abléfaro
Adjetivo intrigante que qualifica quem não tem pálpebras — termo clínico e poético ao mesmo tempo. Está em listas de palavras pouco usadas.
Cada palavra aqui é um fragmento de um passado linguístico que sobreviveu nos dicionários ou em textos eruditos. Reutilizá-las é reencontrar vozes adormecidas e resgatar formas de expressão que ainda carregam potência.
Use “alvíssaras” quando boas notícias chegarem; invoque “graçolar” em tom jocoso; pense em “homizio” quando buscar silêncio; e deixe “senescência” rondar reflexões mais densas.
Essas dez palavras nos lembram que o português não é apenas ferramenta: é jardim, arca e mapa.
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