A maior obra ferroviária do Brasil está avançando 1 km por dia e vai mudar a logística do agro e o preço da comida que chega na mesa

O projeto já atingiu cerca de 73% de execução e mostra o quanto a obra segue organizada e constante

Pedro Ribeiro Pedro Ribeiro -
A maior obra ferroviária do Brasil está avançando 1 km por dia e vai mudar a logística do agro e o preço da comida que chega na mesa
(Foto: Divulgação)

A maior obra ferroviária em andamento no país já chama atenção pelo ritmo e pelo impacto que promete gerar.

Ela cresce rápido, muda o cenário ao redor e desperta curiosidade, porque pode transformar a economia e influenciar o preço dos alimentos que chegam até você.

E, conforme os trilhos avançam, fica mais claro que esse projeto não é apenas grande. Ele é super importante.

O avanço acelerado da FMT

A FMT, operada pela Rumo, já atingiu cerca de 73% de execução.

Mesmo com um investimento enorme e milhares de trabalhadores, o progresso impressiona.

Quase toda a terraplenagem está pronta e muitos viadutos já foram entregues.

Por isso, a instalação de trilhos alcança até um quilômetro por dia. Esse ritmo é raro e mostra o quanto a obra segue organizada e constante.

Uma mudança direta no agronegócio

Hoje, a Malha Norte capta boa parte da safra em Mato Grosso.

Porém, muitos caminhões ainda percorrem centenas de quilômetros até chegar ao terminal de Rondonópolis.

Com a nova ferrovia, esse caminho ficará muito mais curto. Além disso, o transporte por trem reduz custos e melhora o fluxo de cargas.

Assim, o setor ganha mais eficiência e se torna ainda mais competitivo.

O efeito no preço dos alimentos

Quando o transporte fica mais rápido e barato, o impacto aparece em toda a cadeia.

Em trechos longos, o custo do frete pode cair até pela metade quando comparado ao transporte rodoviário.

Isso aumenta a renda do produtor e, ao mesmo tempo, ajuda a diminuir o valor final dos alimentos.

Quanto menos gasto no trajeto, maior a chance do consumidor sentir o alívio no bolso.

Como o projeto foi dividido

A FMT começou a ser construída em 2022 e segue um modelo estadual que agilizou os processos.

Para facilitar a execução, o percurso foi dividido em três fases. A primeira vai de Rondonópolis até um novo terminal entre Dom Aquino e Campo Verde.

Ela tem 162 quilômetros e deve começar a operar no segundo semestre de 2026.

O terminal poderá movimentar até 10 milhões de toneladas por ano, o que reforça sua importância.

As fases 2 e 3 levarão a ferrovia até Nova Mutum e Lucas do Rio Verde. Há também um ramal previsto para Cuiabá.

Mesmo sem datas definidas, os estudos já avançam. A empresa analisa investimentos, projeções de receita e formas de financiamento.

Embora as taxas de juros pesem, a Rumo vê grande potencial no projeto e segue confiante.

Um futuro que muda o mapa do transporte

Quem passa pela BR-163 já percebe a transformação.

Viadutos prontos, máquinas trabalhando sem pausa e longos trechos de trilhos mostram que a maior obra ferroviária do país saiu do papel com força.

Quando estiver completa, a ferrovia deverá reduzir custos, acelerar o transporte e reforçar o papel do Brasil como potência agrícola.

E, no fim, essa mudança chega à mesa do consumidor.

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Pedro Ribeiro

Pedro Ribeiro

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Colabora com o Portal 6 desde 2022, atuando principalmente nas editorias de Comportamento, Utilidade Pública e temas que dialogam diretamente com o cotidiano da população.

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