Se escrita por Lázaro Barbosa, carta pode indicar que ele sabia que ficaria famoso
Polícia Civil de Goiás investiga se essa carta realmente é do assassino. Mensagem chama atenção por dois motivos
Encontrada em uma casa próxima ao presídio de Águas Lindas, no entorno do Distrito Federal, uma carta reveladora está sendo atribuída a Lázaro Barbosa, criminoso procurado há quase 20 dias pela polícia na região de Cocalzinho de Goiás.
A foto com a mensagem supostamente escrita pelo foragido foi tornada pública nesta sexta-feira (25) pelo Correio Braziliense, que também entrevistou a filha da mulher que encontrou o papel dentro de uma mochila com outros pertences que também podem ser de Lázaro.
Conforme o próprio jornal, a Polícia Civil de Goiás investiga se essa carta realmente é do assassino. A mensagem chama atenção por dois motivos.
Os fatos narrados realmente fazem parte da história de Lázaro, que nasceu na Bahia e veio para Goiás em busca de emprego. O outro aspecto é a forma com que se comunica ao grande público ao iniciar o texto com um “Olá Brasil”, o que indica que quem escreveu queria ficar famoso.
Leia na íntegra
“Olá Brasil. Olá meu eu nesse mundo todo que tem o desprazer de ter eu nele. Sou Lázaro Barbosa de Souza que pela primeira vez escrevo, não como estão falando que eu escrevi isso ou aquilo. Não sei muito escrever pois não terminei a 7ª série direto. Não to aqui para me justificar pois nada justifica tamanha crueldade.
Para começar, você Geraldo, fala disso como papagaio, fala porque ouviu, mas a verdade é outra. Você falou que meu remédio é cadeia (?) 12, é porque você não conhece Deus. Você que fala que eu faço macumba para a PM não me pegar, é um mentiroso e em você não existe verdade.
Eu nasci no interior da Bahia, fui e sou sofrido. Como muitos vivia arrancando toco para ganhar 5 reais por dia, saí da escola para trabalhar. Como muitos, esse aí que se diz meu pai e quer justiça abandonou nós. Graças a Deus pois quando vivia com nós era a pior desgraça. Eu e o meu irmão vivia catando mamona para ele vender e beber cachaça e chegar bêbado quebrando as portas. Eu aprendi a viver no mato porque a minha mãe vivia com nós no mato com medo dele. Com 13 anos saí de casa e vim para o Goiás atrás de uma vida melhor. Ele já tava aqui há muito tempo, pensei que ele poderia ao menos me ajudar, mas ele não fez isso. Me colocou pra fora da casa e falou que não ia aceitar vagabundo.”