Americano compra navio nos classificados e descobre que foi cenário de 007

Willson comprou o navio pensando em transformá-lo em um iate, mas, depois de conhecer a história, decidiu convertê-la em um museu

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007: Wilson restaurou o MV Aurora, como o batizou no ano seguinte à compra (Foto: Divulgação)
007: Wilson restaurou o MV Aurora, como o batizou no ano seguinte à compra (Foto: Divulgação)

SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) – O americano Christopher Willson não ligou para o estado precário de um navio alemão de 1955 quando viu o anúncio nos classificados em 2008: apaixonado pela relíquia de 89 metros, arrematou a embarcação. O que ele não imaginava é que a raridade foi cenário para Sean Connery em seu papel de James Bond, o agente secreto 007.

Depois de comprar a embarcação, Willson começou a reforma. À CNN americana, afirmou ter desembolsado US$ 3 milhões, ou R$ 14,1 milhões. Enquanto isso, passou a pesquisar sobre a origem do navio.

Foi quando descobriu que o nome original da embarcação era Wappen von Hambur, um navio construído pelo estaleiro Blohm and Voss que chegou a fazer parte da primeira linha de cruzeiros da Alémanha após a Segunda Guerra.

Surpresa maior foi descobrir que o agora rebatizado MV Aurora teve também seus dias de glória no cinema ao servir de QG para a organização Spectre no filme “Moscou Contra 007”, de 1963. O barco também teria sido a inspiração para a clássica série “O Barco do Amor”, no ar entre os anos 70 e 80.

“As escadarias são magníficas. É como descobrir que você tem um Corvette dos anos 60 na garagem”, afirmou Willson à rede de TV. “Você pode ver a qualidade, mas estava tão negligenciado que você se sente mal.”

DE IATE A MUSEU

Willson comprou o navio pensando em transformá-lo em um iate, mas, depois de conhecer a história da embarcação, decidiu abrir ao público e convertê-la em um museu “para deixar as pessoas fazerem tours”.

Ao lado da companheira, Jin Li, ele deixou sua casa e se mudou para o Aurora, que conta com 85 cabines, lounge superior com deque privado, piscina, teatro e uma cozinha ampla.

“Quando me mudei para o navio, muitos amigos e familiares não acreditaram”, recorda. “Era uma grande mudança de vida. Mas eu vejo mais como um upgrade, apesar de estarmos meio fora do mapa e usando um monte de gerador e placas de energia solar.”

O casal vem contando com a ajuda de voluntários para transformar a casa-navio em museu. Em fevereiro lançou um canal no Youtube para mostrar os avanços da reforma. Com mais de 76 mil inscritos no canal, Willson passou a receber a oferta de ajuda de “centenas” de voluntários.

Eles esperam finalizar a restauração da cozinha e da sala de jantar até o fim do ano, mas a data prevista para a inauguração do museu ainda é uma incógnita.

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