Enfermeira britânica é condenada a prisão perpétua pelo assassinato de 7 bebês

Juiz responsável pelo caso afirmou que acusada não manifestou arrependimento e agiu de forma cruel

Folhapress Folhapress -
Enfermeira britânica é condenada a prisão perpétua pelo assassinato de 7 bebês
Lucy Letby,de 33 anos, foi condenada após matar sete bebês e tentar tirar a vida de outros seis, em hospital onde trabalhava. (Foto: Reprodução/YouTube)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um tribunal britânico anunciou nesta segunda-feira (21) a sentença de prisão perpétua para a enfermeira Lucy Letby, 33, condenada pelo assassinato de sete bebês recém-nascidos e por tentar matar outros seis na unidade neonatal em que trabalhava na cidade de Chester, no noroeste da Inglaterra.

Ao proferir a decisão, o juiz responsável pelo caso afirmou que Letby não manifestou sinais de arrependimento.

“Foi uma campanha cruel, calculada e cínica de assassinato de crianças”, disse o juiz James Goss.

“Ele agiu de maneira totalmente contrária aos instintos humanos normais, que é cuidar de bebês, e em flagrante violação da confiança que os cidadãos depositam nos profissionais de saúde.”

Segundo os promotores, Lucy assassinou os bebês aplicando injeções de insulina e de ar – a segunda pode causar embolia gasosa.

Ela também alimentava à força os recém-nascidos com leite. Todas as acusações dizem respeito a crianças com menos de um ano. Os crimes ocorreram em 2015 e em 2016.

O júri do tribunal de Manchester Crown chegou ao veredicto após um julgamento de dez meses.

Letby, que tinha 25 anos na ocasião dos crimes, declarou-se inocente várias vezes, mesmo depois que notas autoincriminatórias foram encontradas em sua casa durante as investigações.

“Eu os matei de propósito pois não sou boa o suficiente para cuidar deles”, diz uma anotação em um diário apreendido por policiais depois que a mulher foi presa.

“Eu sou má, fiz isso”, afirma, com letras maiúsculas, em outro trecho.

As ações de Letby vieram à tona quando médicos do hospital Countess of Chester ficaram alarmados, a partir de janeiro de 2015, com o número de mortes consideradas suspeitas e descritas como inexplicáveis na unidade, em que bebês prematuros ou doentes são tratados.

Sem conseguir encontrar motivos para as mortes, os médicos acionaram a polícia.

Após investigações, Letby, que era responsável pelo cuidado dos bebês, foi apontada como autora dos crimes e descrita pela acusação como uma “presença malévola” no hospital.

Uma investigação sobre a morte de 15 bebês foi iniciada em maio de 2017 e depois expandida para incluir mais casos.

Descrita pela promotoria como calculista, com métodos “intencionalmente discretos para quase não deixar rastros”, Letby teria enganado colegas, fazendo-os acreditar que as mortes eram um “golpe de azar”. Ela foi presa em julho de 2018.

Folhapress

Folhapress

Maior agência de notícias do Brasil. Pertence ao Grupo Folha.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.

Publicidade