Acusados de atropelar e matar policial militar durante racha vão a júri popular em Goiás
Sentença é do STJ que acolheu recurso do Ministério Público de Goiás
Dhiego Bruno de Jesus da Silva e Quirino Ferreira Neto, acusados do atropelamento que resultou na morte do policial militar Luciano Alves, aos 35 anos, serão levados a júri popular por acusação de homicídio doloso.
A decisão é do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que acolheu o recurso do Ministério Público de Goiás (MPGO), após o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) desclassificar o crime.
O fato ocorreu em setembro de 2012 em uma rodovia que liga Cabeceira ao povoado de Lagoinhas. Na ocasião, o policial e outros colegas realizavam um patrulhamento, quando notaram um carro parado em atitude suspeita.
Ao se aproximarem para uma abordagem, o militar foi atingido por um veículo em alta velocidade. Conforme os autos, a colisão teria sido causada por uma suposta racha entre os envolvidos, que fugiram sem prestar socorro.
De acordo com a promotora de Justiça responsável pela denúncia original em 2013, Caroline Ianhez, ambos haviam ingerido bebida alcoólica antes do acidente e fugiram para evitar a responsabilização penal.
Um deles, Quirino, chegou a confessar o atropelamento, alegando ter fugido com medo da “polícia preta” (Rotam). Segundo as investigações, ele e Dhiego mantiveram contato telefônico pouco depois do acidente.
Conforme o ministro Fonseca, os indícios na pronúncia sugerem a qualquer indício de intenção de matar, o que justifica o envio dos acusados a júri popular.