Presa há quase um ano, Amanda Partata tem nova derrota na Justiça
Suspeita está na prisão desde que cometeu duplo homicídio em Goiânia, ao envenenar alimentos e entregar na casa do ex-namorado
A advogada Amanda Partata, de 32 anos, presa há quase um ano suspeita de matar o ex-sogro e a mãe dele por envenenamento, em Goiânia, teve uma negativa de recurso pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), que a manterá cumprindo pena em regime fechado.
No mérito, a defesa havia pedido que fosse realizada nova perícia para apurar a sanidade mental da ré, mas, com o indeferimento, será mantido o laudo realizado pela Junta Médica Oficial do TJ, considerando que a suspeita tinha plena consciência do crime.
Numa eventual decisão favorável ao recurso impetrado pela defesa e caso um novo laudo apresentado divergisse favoravelmente à suspeita, ela poderia ter a situação reavaliada, com possibilidade de sair da prisão.
Exame vigente
De acordo com o exame, Amanda teria agido de forma organizada e planejada para conseguir executar o crime, tomando cuidado para que a intenção dela não fosse descoberta.
Segundo o documento, ela tinha capacidade de discernir o certo do errado e determinar sobre os respectivos atos. O laudo ainda conclui que ela não apresenta nenhuma limitação cognitiva ou retardo mental.
Relembre o caso
O crime aconteceu na manhã do dia 17 de dezembro de 2023 quando Amanda Partata foi até a residência da família do ex-namorado, levando sucos, pão de queijo, biscoitos e bolos de pote envenenados – sendo os últimos consumidos por Leonardo e Luzia.
De acordo com as investigações, ela fingia estar grávida do filho de Leonardo para ser bem aceita na família.
A motivação para o crime teria sido a não aceitação do término do relacionamento de um mês e meio com o filho de Leonardo.
No dia 08 de dezembro, ela teria adquirido, via online, 100 ml de um veneno. A substância foi entregue na residência dela, em Itumbiara, e levada até Goiânia por meio de um aplicativo de entrega.
Segundo a perícia, o produto foi aplicado em dois bolos de pote e a quantidade usada por Amanda seria capaz de matar várias pessoas.
Ainda a advogada teria pesquisado na internet os termos “qual exame de sangue detecta” o veneno e “tem como descobrir envenenamento”.