Homem tem infeliz surpresa ao tentar vender carro de luxo que foi comprado em concessionária de Goiânia
Veículo foi adquirido zero km, por um valor de R$ 375 mil. Negócio incluiu laudos de vistoria e certificados de registro
Um caso de estelionato envolvendo a compra de um veículo de luxo chamou a atenção das autoridades em Goiânia. O automóvel, adquirido zero quilômetro diretamente em uma concessionária autorizada, foi pago à vista em fevereiro de 2022, totalizando R$ 375 mil.
A negociação incluiu pagamentos via PIX, nota fiscal, contrato de venda e laudo de vistoria, além do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV).
Apesar de toda documentação comprobatória e do registro regular no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-GO), uma restrição judicial surpreendeu o comprador ao tentar revender o automóvel.
A origem do bloqueio estava relacionada a uma ação de busca e apreensão, que tramita na 1ª Vara Cível de Cascavel, Paraná. Segundo informações obtidas, o veículo foi indevidamente utilizado por terceiros para garantir um financiamento junto a uma instituição financeira.
Durante consultas aos autos do processo, foi identificado que o banco envolvido teria falhado na verificação da legalidade da transação. A instituição financeira não teria certificado corretamente o proprietário do bem, permitindo que terceiros utilizassem o automóvel como garantia para obtenção de crédito.
Diante da situação, o advogado responsável pelo caso entrou em contato com representantes do banco, enviando toda a documentação que comprova a legalidade da compra e propriedade do veículo.
Mesmo com os esclarecimentos apresentados, representantes da instituição financeira se dirigiram ao condomínio do proprietário em busca do automóvel – expondo o caso publicamente perante moradores e funcionários do local.
Além do prejuízo financeiro, o constrangimento público agravou ainda mais a situação. A abordagem, realizada de forma ostensiva, gerou suposições equivocadas entre os presentes, que associaram o caso a inadimplência por parte do comprador.
O caso foi registrado na Polícia Civil (PC) e anexado com provas documentais, incluindo notas fiscais, contratos, histórico do Detran e registros de transações bancárias. As autoridades competentes darão prosseguimento às investigações para responsabilizar os envolvidos na fraude e garantir a regularização do bem