Rússia contesta menções a gênero em textos da COP30
Segundo o representante, para Moscou "gênero se refere a homem e mulher"
FÁBIO PUPO
A Rússia pediu a palavra durante a plenária final da COP30 para defender restrição nos itens ligados a gênero e vinculando sua implementação ao que chamou de valores de cada país. A delegação declarou que a execução de ações previstas no plano deve seguir “prioridades nacionais”, levando em conta “valores religiosos e éticos, assim como tradições culturais”.
Segundo o representante, para Moscou “gênero se refere a homem e mulher”, entendimento que, afirmou, está alinhado à Constituição russa e ao princípio de direitos iguais entre os dois. Ele acrescentou que as atividades no âmbito do plano devem “incluir a visão de fortalecer a família e o casamento”, definidos pela delegação como “a relação entre um homem e uma mulher”.
A Rússia também se distanciou de uma das formulações do documento, afirmando que não apoia a frase segundo a qual “mulheres são as protetoras do meio ambiente”, por considerar que não há definição clara do termo. O país disse preferir a formulação segundo a qual “mulheres participam da ação ambiental”.



