“Mentira!”, diz vereador sobre possível envolvimento em escândalo do Detran em Anápolis

Fernando Paiva diz que não é investigado no âmbito Operação Intraneus e criticou os vazamentos, que qualifica como 'seletivos'

Carlos Henrique Carlos Henrique -

Vereador em primeiro mandato na Câmara Municipal de Anápolis, Fernando Paiva (Podemos) divulgou nota pública nesta quarta-feira (03) se defendendo de uma possível citação feita por uma servidora do Detran, afastada juntamente com outros três colegas na segunda fase da Operação Intraneus, ocorrida no último 21 de dezembro.

‘Nos autos dos vários investigados, só e somente ela [servidora] me acusa, sem absolutamente prova alguma’, diz o parlamentar no texto.

Fernando Paiva, que já chefiou o Ciretran de Anápolis, diz ainda que não é investigado no âmbito dessa operação e critica os vazamentos, que qualificou como ‘seletivos’.

“Reputações não podem permanecer reféns da má-fé de vazamentos selecionados. É importante que haja uma reforma efetiva a essa pratica criminosa”, defendeu.

Veja a nota na íntegra

Anapolinos e Anapolinas que leem neste instante esta nota. Me ocupo hoje para explicar-lhes sobre um lamentável fato, movido por um fortíssimo sentimento de indignação e perplexidade.

​Como é de conhecimento público, na semana passada foram veiculadas notícias nas mídias sociais me envolvendo em uma fase de investigação da Operação Intraneus, que tem por objeto a investigação de um esquema de fraude de transferência de veículos, a acusada Maria Luzia Terbino Leite dos Reis fez uma pequena citação, desfundada e sem provas, numa clara e desesperada tentativa de se esquivar da justiça.

​Mentira! E o mais importante e’ desmascarar o mentiroso, pois nos autos dos vários investigados, só e somente ela me acusa, repito, sem absolutamente prova alguma.

​O vazamento de uma investigação dessa magnitude é criminosa e providências rígidas estão sendo tomadas para punir os responsáveis e apurar a verdade. Reputações não podem permanecer reféns da má-fé de vazamentos selecionados. É importante que haja uma reforma efetiva a essa pratica criminosa.

​Digo aqui a Anápolis, aos meus eleitores, de forma especialíssima, com todas as letras: é mentira, é calúnia, é injúria, é difamação, é crime. Mas mesmo nada disso do que foi relatado existindo; nada sendo real, as senhoras e os senhores sabem bem. O factoide cumpriu o seu papel, cumpriu o papel de instrumento, ou melhor, de poderosa arma para atacar a minha reputação. Os prejuízos pessoais e políticos são incalculáveis.

​Hoje, por intermédio de meu advogado Dr. Lucas Amorim, solicitei formalmente acesso aos autos, para saber do que estou sendo acusado, como forma de permitir condições mínimas ao direito de defesa, o Delegado Gustavo informou ao meu advogado que não haveria esta necessidade por 3 motivos;” não foi citado na investigação, não foi alvo de qualquer medida e não há fatos que o liguem ao objeto da investigação, sendo citado único e exclusivamente por um dos vários investigados”.

​Srªs e Srs Anapolinos, vivemos um momento único no País. Que se punam os culpados, que se punam os que erram, mas que se reconheçam e respeitem os inocentes. E que seja garantido o amplo, irrestrito e constitucional direito de defesa a que todos somos dignos.

​Se for assim, corremos o risco de nos transformar em um País infestado pela corrupção numa pátria de cidadãos sem direitos. E onde não há direito, tampouco há Justiça, tampouco há democracia.

​Ontem foi comigo, amanhã violência similar pode ocorrer contra qualquer outro cidadão. Eu ainda tenho, pela vontade majoritária dos Anapolinos, a tribuna, a mídia e recursos para me defender, mas outros cidadãos, que têm direito ao mesmo respeito e às mesmas garantias legais, não dispõem disto.

​Busco cumprir com rigor e dedicação o mandato que me foi conferido pelo povo Anapolino. Aproveito também para agradecer as centenas de manifestações de apoio e de indignação que recebi nesses últimos dias.

​Não há nenhum ato em toda a minha vida que possa me envergonhar no exercício da política ou fora dela. Reajo, portanto, com indignação a essa citação absurda em meu nome, pela minha família, por cada um dos Anapolinos que me honraram em seu voto de confiança.

​O Brasil segue se reescrevendo, mas a história precisa ser escrita em dois pilares: Verdade e Justiça! Qualquer coisa menor que isso e’ traição aos cidadãos de bem.

Fernando Paiva, vereador de Anápolis pelo Podemos

Em tempo

Comandada pela Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA), as investigações da Operação Intraneus II duraram quatro meses e descobriram fraudes de transferência de veículos em Goiás.

Os documentos eram produzidos no Ciretran de Anápolis, mas as vistorias eram simuladas nas cidades de Novo Mundo e São Miguel do Araguaia. O esquema existia há pelo menos cinco anos e conseguiu realizar a transferência irregular de 60 veículos. Relembre.

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