Por que faltou água em Anápolis? Saneago explica motivo e garante abastecimento

Quase 50 bairros ficaram sem água no final de semana e novo boato ganhou força nas redes sociais

Denilson Boaventura Denilson Boaventura -
Saneago revela que índice de perdas de Anápolis está em 38%. (Foto: Reprodução)

Há exatamente uma semana moradores do Sul e parte do Oeste de Anápolis começavam a notar que havia algo errado com a chamada “água da rua”, aquela que ainda não está na caixa e vem diretamente da Saneago. O problema se confirmou nos dias seguintes e o resultado foi um final de semana com as torneiras vazias.

O Sul e parte do Oeste da cidade são abastecidos pelo Sistema do Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA) e concentram um total de 48 bairros, sendo a maioria deles carentes de equipamentos urbanos. O Residencial Copacabana, conjunto que agrega moradias populares, foi um dos mais afetados.

“A água tava fraca na quarta-feira (14) e foi embora de vez na quinta-feira (15). Chegou de novo na sexta-feira (16), mas não teve força para subir para caixa e a gente teve que encher os baldes. Ainda bem, porque só voltou mesmo na segunda-feira (19) e já de tardezinha”, lamentou uma manicure que pediu para não ser identificada.

A Saneago reconheceu o desabastecimento e no sábado (17) afirmou que a ocorrência se dava por conta de uma redução de vazão da água fornecida pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (CODEGO). As causas desse problema, contudo, ainda não foram identificadas pela companhia até esta quarta-feira (21).

“No entanto, a situação encontra-se normalizada desde domingo (18)”, pontuou a estatal em nota ao Portal 6. A Saneago também negou que neste final de semana Anápolis ficará sem água, informação que circula em tom de alerta nas redes sociais e grupos de WhatsApp. “Não temos nenhuma manutenção programada”, reforçou.

Apesar de ter mexido com a rotina de moradores do Sul e parte do Oeste, o desabastecimento não impactou o funcionamento de creches, escolas e unidades de saúde instaladas nas regiões. A Secretaria Municipal de Educação (Semed) explica que o procedimento quando há a instabilidade no fornecimento de água é o contato das próprias unidades escolares com a Saneago para a disponibilização de caminhão pipa para o abastecimento das caixas d’água.

“Em último caso, faltando água, os alunos são liberados mais cedo”, disse a pasta. Já a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), afirmou que tanto a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Esperança, quanto as unidades de Saúde da Mulher e Abadia Lopes da Fonseca, não correm o risco de ficaram desabastecidas porque “existem reservatórios de água tipo “taça” com ampla capacidade de armazenamento e que nenhum dos locais foi afetado por falta d’água”.

Piancó

Maior sistema de abastecimento em Anápolis, o Piancó precisou ser paralisado no início de agosto para a retirada de dois vazamentos na adutora de água bruta da Estação de Tratamento.

À época, a gerente local da Saneago Tânia Valeriano disse que a companhia também realizaria limpeza nos reservatórios. A medida deixou cerca de 80% de Anápolis desabastecida e a expectativa é que a população não volte a ficar sem água. Pelo menos por enquanto.

“A situação do Ribeirão Piancó está dentro da normalidade para o período. A transposição do Capivari faz parte de medidas estruturantes para garantir a regularidade do abastecimento no município, e até o momento ainda não houve a necessidade de acionamento”, sinalizou a estatal.

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