Campanha do Governo de Goiás contra febre aftosa deverá vacinar 10 milhões de animais

Mesmo quem não possui bovinos e bubalinos em idade de vacinação tem de declarar todo o rebanho existente na propriedade

Da Redação Da Redação -
Campanha do Governo de Goiás contra febre aftosa deverá vacinar 10 milhões de animais

O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), vai realizar entre o dia 1º e 30 de novembro a segunda etapa da campanha de vacinação contra febre aftosa e raiva dos herbívoros.

Nesta fase, devem ser vacinados contra aftosa os bovinos e bubalinos de zero à 24 meses, em um montante estimado de 10 milhões de cabeças.

De acordo com o presidente da Agrodefesa, José Essado, para a vacinação do rebanho, os produtores devem entregar a declaração do procedimento devidamente preenchido e assinado, juntamente com a nota fiscal eletrônica de aquisição de vacinas. O formulário de Declaração de Vacinação estará disponível no site da Agrodefesa até o dia 06 de dezembro.

O documento pode ser entregue na unidade da Agrodefesa do município correspondente à localização da propriedade; ou ainda nas unidades do Vapt Vupt também do município onde fica a propriedade. Não serão aceitas declarações enviadas via fax, pelo Correio ou e-mail.

As vacinas para a campanha de novembro começarão a ser vendidas nas revendas credenciadas pela Agência a partir de 1º do mesmo mês.

Coordenadas geográficas

Outro aspecto fundamental este ano é a informação obrigatória das coordenadas geográficas da propriedade a partir de 1º de novembro. Elas devem ser buscadas no ponto de localização da sede da propriedade, no formato Latitude e Longitude (graus, minutos e segundos).

Esta informação pode ser obtida in loco na propriedade, por meio de aplicativos de celular e aparelho de GPS, ou mesmo de programas/softwares como o Google Earth e o Google Maps, diretamente pela Internet.

José Essado explica ainda que essa é uma das exigências previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Prevenção e Erradicação da Febre Aftosa, para retirada da vacinação obrigatória em 2021.

Gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Antônio do Amaral Leal salienta que os produtores que desejam deslocar animais devem vacinar os animais e fazer imediatamente a declaração, uma vez que as Guias de Trânsito Animal, emitidas anteriormente ou no dia 31 de outubro, só terão validade até este mesmo dia, exceto aquelas com finalidade de abate, conforme estratégia de vacinação adotada em Goiás.

Em relação à raiva dos herbívoros, os criadores que possuem propriedades em 121 municípios listados na Instrução Normativa nº 02/2017, classificados como de alto risco, devem imunizar também equídeos, ovinos e caprinos com idade até 12 meses. A previsão é que sejam vacinados 5,5 milhões de bovinos e bubalinos também contra a raiva.

Vacina contra brucelose

Os criadores precisam fazer ainda, até 30 de novembro, a comprovação semestral de vacinação contra a brucelose de todas as fêmeas de três a oito meses imunizadas no período anterior a novembro de 2019.

De acordo com Antônio Leal, mesmo quem não possui bovinos e bubalinos em idade de vacinação nesta etapa (zero a 24 meses), tem de declarar todo o rebanho existente na propriedade, incluindo outras espécies de animais de produção.

Durante o calendário oficial de vacinação fica proibido o trânsito de bovinos e bubalinos para entrada e saída, cujas propriedades de origem ou destino ainda não esteja com todo o rebanho-alvo vacinado ou declarado na etapa novembro de 2019, observados os prazos de carência pós-vacinação.

Também ficam proibidos os leilões virtuais e presenciais de bovinos e bubalinos no período de 1º a 10 de novembro (prazo de carência após a aplicação da vacina).

Os criadores que deixarem de vacinar o rebanho contra aftosa, brucelose e raiva ficam sujeitos a multas de R$ 7 por cabeça não vacinada. Aqueles que vacinarem, mas não fizerem a declaração do rebanho e da vacinação serão penalizados com multas de R$ 300 por propriedade não declarada.

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