Após ataque dos EUA contra o Irã, anapolinos se desesperam à toa no Twitter

"A gente vai ser os primeiros a morrer (sic)?", questionou internauta. "Histeria descabida", qualificou especialista ouvida pela Portal 6

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -

A tensão gerada no mundo ocidental e oriental após o recente ataque aéreo dos Estados Unidos ao aeroporto de Bagdá, no Iraque, que culminou na morte do principal general da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, Qassem Soleimani, movimentou as redes sociais em Anápolis.

Muitos analistas internacionais apostam que a teocracia iraniana tentará retaliar o governo estadunidense e que essa ação pode sim desembocar em uma guerra entre os dois países com consequências globais.

Diante do alarde, alimentado sobretudo pelos canais de notícias da TV fechada, não foram poucos os anapolinos que externaram na internet o temor de que até o Brasil se envolva no conflito e Anápolis, que tem uma das maiores bases aéreas do país, vire alvo de bombardeios.

O Portal 6 selecionou alguns das dezenas de comentários feitos por internautas anapolinos no Twitter nas primeiras horas após o Pentágono, que é o departamento de defesa dos EUA, reconhecer para si a autoria do ataque.

Hilárias, as manifestações flertam com o humor nonsense e uma delas até critica tanto alarmismo.

https://twitter.com/Camilla18290683/status/1212961871587876865

https://twitter.com/adnamassis/status/1213138148999516160

https://twitter.com/carlarbrunes/status/1212971467031433216

Preocupações como essas, embora compreensíveis, não deixam de ser exageradas. É o que comenta a professora e diretora do curso de Relações Internacionais da UniEVANGÉLICA, Mariana Rezende Maranhão da Costa.

Primeiramente, ela destaca que esse é “um conflito sem qualquer declaração de guerra” e que “o ataque dos EUA foi resposta ao ataque do dia 31 em Bagdá [na embaixada estadunidense], que pouco se comentou”.

“Conflitos na região do Oriente Médio são muito frequentes, quase que semanais. A maior preocupação deste ataque, ocorrido na noite do dia 02 de janeiro, está no fato de que o Irã prometeu retaliar fortemente após a morte de Qassem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária do Irã e um dos homens mais poderosos do país, e também de Abu Mahdi al-Muhandis, chefe das Forças de Mobilização Popular do Iraque, milícia apoiada pelos iranianos”, explica.

Marina lembra também que EUA e Irã ainda estão isolados nessa contenta e que por esse e outros motivos não há razão para medos.

“Neste momento não há ainda qualquer manifestação ou apoio ao conflito de países indispensáveis para se considerar o fato uma possibilidade de guerra mundial – como da OTAN e dos outros países do Conselho de Segurança da ONU. Desta forma, considero esse temor dos anapolinos de guerra mundial e ataque à Base Aérea uma histeria descabida, típica das redes sociais”,alfineta.

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