Médico fecha o consultório particular para atuar contra o novo coronavírus em Goiás

"Vi que poderia fazer mais pela vida do próximo", justifica o pediatra

Carlos Henrique Carlos Henrique -

Dentre os mais de 400 funcionários que o Hospital de Campanha para Enfrentamento ao Coronavírus (HCamp) terá neste primeiro momento para o atendimento de pacientes com suspeita do novo coronavírus está Leandro Pinheiro da Fonseca Forneck (foto em destaque), pediatra que deixou o consultório particular e ambulatório para atuar no combate à Covid-19, em Goiás.

Segundo o profissional da saúde, assim que ficou sabendo que o antigo Hospital do Servidor Público seria o local de referência nesse tipo de atendimento, ele checou como funcionaria o fluxo de atendimento da unidade hospitalar. “Fechei meu consultório e passei a fazer atendimento e orientação a distância para os meus pacientes. Mas senti que poderia fazer muito mais, então imediatamente me prontifiquei para compor a equipe do HCamp”, disse Leandro.

Paramentado com um macacão unissex, luvas, avental, pro-pé, máscara cirúrgica, máscara N95 e óculos, o médico argumentou que a segurança garantida pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, aos profissionais que irão prestar os atendimentos foi determinante na decisão de permanecer na unidade de saúde.

“Aqui não temos nenhum fluxo cruzado, há  materiais disponíveis o tempo todo. Isso foi fundamental para a minha decisão de trabalhar no HCamp sabendo que a minha segurança estaria sendo resguardada em todo esse contexto”, disse.

A vestimenta utilizada por Leandro é destinada aos colaboradores que vão atuar na assistência de casos graves, ou seja, pacientes em estado de saúde crítico que ficarão isolados na área vermelha serão atendidos por profissionais com todos esses equipamentos de proteção individual (EPIs), além de um macacão, um avental mais grosso e uma viseira, para maior proteção dos funcionários.

Outros pontos de destaque para o pediatra foram o fluxo de atendimento implantado pela direção do Hospital de Campanha e o treinamento com as simulações realísticas. “Todos os protocolos do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) foram utilizados. Na simulação realística, vivenciamos várias situações de pacientes que adentrarão no HCamp. Tudo foi realizado com muita segurança e cuidado”, garantiu.

Para o diretor-geral do Hospital de Campanha, Guillermo Sócrates, a prontidão de Leandro define o papel de um profissional da área da saúde. “É uma pessoa que nos procurou de forma espontânea. O médico tem essa missão de salvar vidas. Nossa razão de ser é o paciente! Ele se colocou à disposição sabendo de todos os riscos que envolvem esta pandemia. Hoje, ele trabalha conosco e compõe a equipe médica”, destacou.

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