“Não tem necessidade de parar Anápolis nesse momento”, diz Roberto sobre novo decreto

Prefeito afirmou que procurará Caiado para ver a possibilidade do município não ser inserido no decreto estadual e pediu colaboração da população para seguir o decreto local e evitar que o município volte ao isolamento

Denilson Boaventura Denilson Boaventura -

O prefeito Roberto Naves (PP) disse em entrevista ao Portal 6 e Viva Anápolis que o município não tem o indicativo de entrar nas restrições das atividades econômicas e sociais do decreto do governador Ronaldo Caiado (DEM), que deve ser publicado entre quarta-feira (13) e quinta-feira (14).

Segundo o prefeito, Anápolis segue a matriz de risco do Ministério da Saúde e encontra-se em nível baixo de contágio para o novo coronavírus. “Não tem necessidade de parar Anápolis nesse momento. Precisamos melhorar a disciplina da população”, explicou.

Roberto pontuou que há pessoas que confundiram a liberação do comércio no município com a liberdade exagerada. “Flexibilização do comércio é para que as pessoas possam vender seus produtos e para que as pessoas possam sair de casa, comprar, ir ao trabalho e voltar”, disse.

O prefeito salientou que Anápolis precisa aprender a conviver com a pandemia. “Vai ter muitas idas e vindas, vai ter muitos afrouxamentos  e também muitas restrições”, frisou, informando que procurará Caiado para ver a possibilidade de Anápolis não ser inserida no novo decreto estadual.

“Mas entendemos, no entanto, que se houver uma força jurídica [em cima] no decreto do município, aí todos nós temos que acatar”, afirmou, ponderando que é preciso que o documento seja publicado primeiro para que a Prefeitura de Anápolis tome as devidas providências.

Testes

Roberto também explicou como será a testagem para a Covid-19 em Anápolis. De acordo com o prefeito, há dois tipos de testes que serão aplicados no município: os rápidos, vindos do Ministério da Saúde, que estimará localmente o percentual de pessoas que já tiveram contato com o novo coronavírus, e os laboratoriais adquiridos do Ânima.

Esse último tipo servirá para testar e antecipar o diagnóstico dos pacientes com sintomas graves e também para resguardar os profissionais da saúde. “Não queremos deixar acontecer em Anápolis o que aconteceu em Goiânia”, disse. Na capital, diversos profissionais foram contaminados com a doença.

Segundo o mandatário, atualmente, Anápolis consegue testar apenas 20 casos suspeitos por semana. “Com a ampliação da testagem, conseguiremos testar 20 pacientes por dia”, estimou, elencando que a partir desta ação o número de casos confirmados naturalmente subirá.

“Mas isso não é para gerar alarde na população. Vai subir porque conheceremos mais o avanço da doença na cidade”. Sobre a testagem em massa, Roberto disse ser inviável no momento pois município nenhum do Brasil tem condições financeiras para isso.

“Cada teste custa R$ 200. Temos cerca de 400 mil habitantes. Para testar todo mundo da cidade [no laboratório] seria necessário cerca de R$ 80 milhões e como gastaríamos isso tudo com teste? Não temos esse dinheiro”, exprimiu, alertando que ainda não existem disponíveis no mercado testes rápidos com alto grau de efetividade.

Na entrevista ao Portal 6 e Viva Anápolis, o prefeito também falou sobre o retorno das aulas, a situação das finanças da Administração Municipal e dos leitos de UTI. Comentou ainda sobre o que, até o momento, acertou e errou na condução da pandemia em Anápolis. Assista na íntegra:

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