Filho de empresário ameaçado de morte por Rodrigo Caiado faz novo desabafo nas redes sociais

'Essa é a segunda e última vez que comento sobre o que aconteceu com o meu pai', disse Diego Baeza

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -

Em vídeo publicado nas redes sociais na madrugada desta quarta-feira (1º), Diego Baeza, de 26 anos, filho do empresário Rodrigo Baeza, fez um longo desabafo sobre as dificuldades que a família está tendo para conseguir registrar a ameaça de morte sofrida pelo pai dele no Residencial Anaville, na noite da última quinta-feira (25).

Segundo o jovem, essa será a segunda e última vez que ele fala publicamente sobre o assunto, que, nas palavras dele, tem o deixado “sem dormir”.

Diego conta que, além de testemunhas e advogado, o pai levou provas documentais para atestar os detalhes do episódio, ocorrido na quadra do condomínio, um dos mais luxuosos da cidade.

Porém, para a surpresa de todos, a Polícia Civil remarcou a formalização da ocorrência para o dia 30 de julho.

Saber que terá de esperar mais 30 dias para ser ouvido deixou Rodrigo Baeza ainda mais frustrado. Nos últimos dias, não foram poucas as tentativas de demovê-lo de levar o caso adiante.

Provas

Além de testemunhas que pretendem arrolar no processo, a família Baeza também já solicitou as imagens das câmeras de segurança do condomínio que podem mostrar Rodrigo Caiado se dirigindo à quadra de esporte onde tudo aconteceu.

“Onde a gente jogou são duas quadras novas. Tem duas semanas que liberou. Só que não tem câmeras lá, só na primeira quadra. Tem as outras câmeras do condomínio. A gente solicitou tudo, mas até hoje não passaram”, detalhou.

Apresentar as imagens seria uma questão de honra para Diego, já que pessoas que dizem conhecer o médico saíram em defesa dele.

O relato por escrito da segurança do condomínio, além do registro do fato feito pelos policiais militares que estiveram no condomínio para averiguar a situação, foram expostos pelo jovem nos stories do perfil dele no Instagram, em que lançou a campanha #juntoscombaeza.

“A única força que eu tenho é aqui nas redes sociais, porque a internet vai longe. Eu não quero que tenham dó da gente, que fiquem do meu lado. Eu só quero que a Justiça seja feita e que ninguém mais passe por isso, porque eu não desejo isso para ninguém”, justificou.

O caso

Com uma arma em punho, o otorrinolaringologista Rodrigo Caiado teria entrado na quadra acompanhado de mais dois homens. Ele não teria gostado de saber que Rodrigo Baeza discutiu com a esposa dele, Lidianne Andrade, designer de modas e dona da Ostra Brasil.

Uma falha da administração do condomínio, que reservou a área esportiva para ambos os vizinhos no mesmo horário, foi o estopim para a confusão.

Havia crianças no local e o médico foi contido por outros moradores, mas fugiu antes que a Polícia Militar chegasse, evitando o flagrante.

Outro lado

O Portal 6 já procurou o médico Rodrigo Caiado e a esposa dele, Lidianne Andrade, para comentar o episódio. O espaço permanece aberto para o casal se manifestar.

Com a palavra a Polícia Civil de Goiás

A Polícia Civil de Goiás informa que o autor é conduzido coercitivamente à delegacia quando encontrado, no local do fato, pela Polícia Militar. A lavratura do Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi agendado para o dia 30 de julho em razão da pandemia do coronavírus, seguindo os ditames da Portaria Normativa nº 23/2020, uma vez que a delegacia está funcionando com um escrivão in loco e outro em regime de teletrabalho, por ser de grupo de risco, assim como a delegada, que está gestante. Ressalte-se que o fato narrado, em tese, configura crime de ameça. Já com relação ao porte de arma, será instaurado inquérito policial, no qual todos os envolvidos serão ouvidos.

Com a palavra a Secretaria de Segurança Pública de Goiás

A Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSPGO) informa que todas as ações criminosas que são registradas pelas forças policiais são rigorosamente apuradas. A SSPGO salienta que todas as forças de Segurança tem total liberdade para trabalhar, tendo como único limite imposto a lei. Por fim, a SSPGO ressalta que os esclarecimentos pertinentes ao caso estão sendo realizados pela Polícia Civil e que não existe qualquer tipo de interferência nas apurações dessa ocorrência.

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