Após crítica de Anitta, definição de ‘patroa’ no dicionário do Google é alterada

Cantora comemorou mudança após denunciar verbete machista na última semana

Folhapress Folhapress -
Após crítica de Anitta, definição de ‘patroa’ no dicionário do Google é alterada

São Paulo, SP – Uma semana depois de Anitta, 27, reclamar do significado que aparece no Google da palavra “patroa”, a plataforma mudou a definição do termo. Agora, quem busca o vocábulo no site de buscas encontra a seguinte explicação: “Proprietária ou chefe de um estabelecimento privado comercial, industrial, agrícola ou de serviços, em relação aos seus subordinados; empregadora.”

Por meio de suas redes sociais, a cantora compartilhou a alteração e comemorou: “Feito”. Antes da alteração, a palavra “patroa” era definida como “mulher do patrão” e “dona de casa”, o que gerou a indignação de Anitta. “Mano do céu, inacreditável. Não estou acreditando que isso está no nosso dicionário”, disse ela, na ocasião.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o Google informou que a atualização do significado do termo foi feita pela Oxford Languages, parceira da plataforma, que identificou que a definição utilizada até então “não refletia mais o uso moderno da língua portuguesa falada pelos brasileiros”.

Também foi feita uma reavaliação da definição da expressão “mulher solteira”. Isso porque, após a reclamação de Anitta, Luísa Sonza mostrou descontentamento com a explicação do Google para o verbete. O significado apresentado era “prostituta ou meretriz”. No caso de “homem solteiro”, o resultado era apenas “ainda não se casou”.

No caso de “mulher-solteira”, a decisão da Oxford foi retirar o significado da busca. “A pesquisa mostrou que a definição exibida ainda reflete o uso da expressão em algumas regiões do país, mas percebemos que a forma de apresentar a definição poderia levar a uma compreensão equivocada e confusa, e por isso ela foi retirada”, informa.

Segundo posicionamento oficial da Oxford, as revisões dos dois termos, “patroa” e “mulher solteira”, foi feita após questionamentos dos usuários. “Criar e manter um dicionário é uma tarefa eterna, que não acaba nunca. Ela deve se basear no objetivo de registrar e refletir uma língua com precisão. Para fazer isso, as sugestões e opiniões das pessoas reais, que usam o idioma no dia a dia, são uma contribuição indispensável”, informa em nota.

Ainda segundo o comunicado, os dicionários produzidos pela Oxford Languages não determinam como a língua é usada, “e sim refletem esse uso”. “Isso significa incluir palavras que podem ser consideradas ofensivas mas ainda estão em uso -mesmo que nós mesmos não adotemos esses termos no nosso vocabulário pessoal.”

“Os dicionários também contemplam regionalismos e termos que caíram em desuso, mas que ainda podem ser encontrados em leituras. A ideia é oferecer um retrato preciso e detalhado do idioma como um todo. Um exemplo: um usuário pode estar lendo um romance escrito no início do século 20, e queremos ajudar essa pessoa a encontrar e entender termos que hoje podem parecer estranhos – mais importante ainda, a entender como e quando devem ser usados, sobretudo quando há risco de que aquela palavra seja considerada ofensiva”, complementa a Oxford.

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