No mercado de trabalho brasileiro o desemprego não é o único problema
Crise econômica, social, desemprego e aumento de desigualdade reflete a maior recessão que o país já viveu. Enquanto o desemprego aumenta, 50% das indústrias reclamam da falta de mão de obra qualificada no Brasil.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou recentemente a escassez de mão de obra qualificada no país. O relatório da CNI também mostra que a maior parte dos estudantes entram no mercado de trabalho sem preparo, sem uma profissão, sendo que a maioria deles abandonaram o ensino médio por falta de perspectivas.
O Brasil precisa, em caráter de urgência, de políticas públicas e privadas e de grandes investimentos para atender a demanda de mão de obra especializada nos setores produtivos. Estamos muito atrás dos países desenvolvidos, principalmente no que tange a inovação tecnológica, produtividade e desenvolvimento.
De acordo com a CNI, medidas imediatas de requalificação da força de trabalho precisam ser retomadas para solução do problema a longo prazo. Se fazem necessárias políticas públicas priorizando educação profissional para melhorar a qualidade da educação básica do Brasil.
A realidade brasileira é preocupante, sendo possível afirmar que essa realidade de mão de obra é comum em quase todos os segmentos de mercado. É preciso dar uma atenção especial à mão de obra tanto pelo setor público quanto pelo setor privado, pois além de trazer resultados excelentes de produtividade, reflete positivamente no desenvolvimento da economia nacional.
Também se faz necessário conscientizar os funcionários, principalmente os mais experientes, que trabalharam a vida inteira numa única função, de que é preciso sair da zona de conforto ou do comodismo, mostrando a nova realidade em que se exige profissionais proativos, com disposição para aprender, qualificar e aproveitar as oportunidades.
Márcio Corrêa é empresário e odontólogo. Preside o Diretório Municipal do MDB em Anápolis. Escreve todas as segundas-feiras. Siga-o no Instagram.
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