Reflexões de alguém que chega aos 33 anos com apenas um sonho

Professor Marcos Professor Marcos -
(Foto: Arquivo Pessoal)

Somei, contei e contei novamente. Cheguei aos trinta e três. Considerando que a maioria da população vive até os sessenta e seis estou na metade. Isso provoca reflexões.

Quero cada vez mais estar com meus amigos, viajar, conhecer lugares, pessoas, cantigas e histórias. Quero narrar trajetórias e costurar o fino tecido da vida com gente criativa ao meu lado.

Gratidão pela vida! Pela caminhada! Sou filho do Sr. Altino e da Dona Maria, tenho muito orgulho disso, talvez seja a variável determinante que desenha minha forma de perceber o mundo. Saber de onde vim. De que lugar eu falo! Saber o caminho que trilhei! O que me move é a angústia, ela é que gera movimento!

Angústia em fazer desse mundo um lugar melhor! Tenho os melhores amigos, e tenho muito orgulho de cada um deles! Protejo e sou protegido por eles, que as vezes me colocam num pedestal que eu nem mereço. Gosto de gente inteligente e hiperativa, meu pensamento é rápido e meu humor é fino. Gosto de conhecer pessoas e lugares, ouvir e contar histórias.

Só sei conversar olhando nos olhos. Peço desculpas sempre que percebo meus erros. Gosto de ajudar, naquela velha máxima das pessoas saírem melhor que chegaram em nossas vidas! Sou cheio de defeitos e vaidades, tento ser humilde num exercício de disciplina franciscano e diário. Continuo acreditando que o sagrado mora em cada um de nós!

Não tenho tempo para preconceitos, vaidades e exclusão. A vida é curta, bela e rápida. Quero aprender, desesperadamente. Quero construir, transformar realidades, implicar destinos, provocar mudanças. É como diria Belchior, amar e mudar as coisas me interessa mais.

Quero reconhecer mais qualidades que defeitos nas pessoas. Quero atravessar os pântanos da vida aprendendo e avançando, somando na efetiva tentativa de ser um agente transformador por onde passar.

Quero o vento que bate forte no rosto, quero o silêncio das noites inseguras, quero o olhar sincero de quem fala com os olhos. Quero a vida sempre bela. E se não for, faremos ser.

Hoje falei assim aos alunos do quarto ano de uma escola municipal. Uma aluninha perguntou sobre um sonho. Respondi que não tenhamos crianças pedindo nos sinaleiros da cidade.

Marcos Carvalho é professor, psicólogo e servidor público federal. Atualmente vereador em Anápolis pelo Partido dos Trabalhadores. Escreve todas às terças-feiras. Siga-o no Instagram.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as visões do Portal 6.

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