Delegado que investiga esquema de rachadinha na Câmara de Anápolis não descarta participação de mais vereadores
Policiais civis cumprem 10 mandatos de busca e apreensão na cidade nesta quinta-feira (12)
Coordenador da Operação “Split Play”, que investiga a suspeita da prática de rachadinha no gabinete do vereador Luzimar Silva (PMN), o delegado Davi Freire Rezende conversou com o Portal 6 sobre detalhes da força-tarefa que parou a Câmara Municipal de Anápolis nesta quinta-feira (12).
Titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), ele revelou que as investigações não são recentes e que a ação de hoje autorizada pela Justiça é importante para encontrar provas.
O vereador Luzimar Silva é alvo da vez. Além do gabinete dele, os policiais também cumprem mandatos na residência do parlamentar e assessores.
“Essa investigação em si tem como foco esse gabinete em especifico. Outras investigações poderão surgir ou podem estar em andamento”, admitiu.
O delegado conta ainda que a análise do material apreendido será “coisa rápida”.
Quando as investigações começaram?
Já tem um certo tempo. Se iniciou em 2019 para 2020, a partir de denúncias que recebemos na delegacia. E essa denúncia dava conta da pratica de rachadinha e a partir daí a gente fez várias diligências, atos de investigação e hoje externou essa operação com mandados de busca e apreensão.
O que está sendo possível apreender?
Basicamente, o que se buscava nas residências e locais em que fomos eram documentos que comprovassem essa suspeita de transferências de valores pelos assessores contratados no gabinete. Para além disso, buscamos documentos em mídias digitais e aparelhos celulares, utilizados também para guardar esse tipo de informação.
E quais os desdobramentos?
A documentação vai passar por perícia e ao final vamos incrementar essas provas à investigação. A perícia que é feita é de extração de dados e depois é feita a análise pelo investigador. É coisa rápida e simples.
*Colaborou Rafaella Soares