Prefeitura de Anápolis zerou dívidas que tinha com precatórios e previdência municipal
Cidade saiu de uma realidade desafiadora no início do ano para previsão de investimentos e perspectiva real de retomada de reajustes aos servidores em 2022
Se a pandemia da Covid-19 desajustou as contas de prefeituras, governos de Estado e da União, o mesmo não aconteceu em Anápolis.
Foi o que mostrou o secretário Municipal da Economia, Valdivino de Oliveira, na manhã desta quinta-feira (30), na audiência de prestação de contas do 2º quadrimestre de 2021.
O balanço ocorreu em sessão extraordinária no plenário da Câmara de Vereadores, ocasião em que o gestor divulgou a trajetória dos números e indicadores da situação fiscal da Prefeitura de Anápolis nos últimos anos.
O município saiu de uma realidade desafiadora no início do ano para uma previsão de investimentos modestos e com perspectiva real de retomada de reajustes aos servidores a partir de 2022.
Na dívida fundada, em que os compromissos de pagamento excedem 12 meses, a Prefeitura conseguiu liquidar as dívidas com precatórios e os repasses ao Instituto de Seguridade Social dos Servidores Municipais de Anápolis (ISSA).
“Fico muito feliz de vir aqui e não ver o Jean [vereador pelo DEM] falar sobre o ISSA”, disse o prefeito Roberto Naves (PP).
A brincadeira tem sentido de ser, uma vez que os desajustes na previdência municipal foram a dor de cabeça de praticamente todos os prefeitos nas últimas duas décadas.
Anápolis, no entanto, ainda permanece com outras dívidas. Algumas delas são altas, como com a Caixa Econômica Federal, de mais de R$ 60 milhões, fruto de um empréstimo feito na gestão João Gomes. Outras são pequenas e históricas, a exemplo da contratada com a antiga Celg e Agência Goiana de Habitação (AGEHAB).
“São quase irrisórias”, reconheceu Valdivino de Oliveira. Ao ser lembrado pela reportagem que antes da entrada dele as contas estavam em situação pior, ele concordou.
“Estavam mesmo. Com risco de não conseguirmos pagar a folha de servidores”, revelou.