Estados pedem a Queiroga que reduza prazo de reforço da vacina por causa da ômicron
Surgimento da ômicron foi definida pela OMS como variante de preocupação
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Os secretários estaduais de saúde pediram uma reunião com o ministro Marcelo Queiroga, da Saúde, para discutir a redução do intervalo de aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19.
Num primeiro momento, o prazo foi fixado em seis meses. Depois, Queiroga anunciou a redução para cinco meses. Agora, os estados querem que o prazo seja ainda mais curto: quatro meses.
A Prefeitura de São Paulo, por exemplo, já enviou um documento pedindo a redução, como antecipou a coluna.
“Sabemos que, depois de quatro meses, as vacinas começam a perder a eficácia”, afirma Carlos Lula, secretário de Saúde do Maranhão e presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).
“A ideia, com a redução do prazo, é conter o recrudescimento de casos de Covid-19 no Brasil, para que não ocorra aqui o que estamos vendo acontecer na Europa”, segue ele.
O surgimento da ômicron, que causou tensão no mundo todo e foi definida pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como variante de preocupação, reforçou “a certeza de que precisamos fazer isso [aplicar as doses de reforço em um prazo menor]”, diz Carlos Lula.
No Brasil, 76,8% da população já tomou ao menos uma dose da vacina, 63% já estão com o primeiro ciclo vacinal completo (de duas doses ou dose única) e 7,9% tomaram a dose de reforço.