Servidores do Judiciário querem que Fux contrarie Bolsonaro e defenda reajuste a todas as categorias

Ao menos 19 categorias podem começar a paralisar atividades para elevar a pressão contra o governo por reajustes salariais

Folhapress Folhapress -
Luiz Fux (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

(FOLHAPRESS) – A Fenajufe, federação representativa dos servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União, decidiu solicitar nesta quinta-feira (13) uma audiência para pedir que Luiz Fux, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), se coloque em defesa da isonomia na concessão de reajuste a todas as categorias, e não apenas os policiais.

A Fenajufe é uma das entidades que tem se mobilizado após Jair Bolsonaro (PL) prometer aumento apenas para os policiais em 2022. Há uma paralisação de servidores marcada para 18 de janeiro, e a possibilidade de uma greve em fevereiro tem ganhado tração.

“Os servidores do Poder Judiciário da União encontram-se apreensivos tendo em vista a crise econômica existente no país, o crescente aumento da inflação e a grande defasagem salarial que já perdura desde o último reajuste em 2019”, diz o ofício que será entregue pela federação a Fux.

“A reunião tem por objetivo de garantir a autonomia do Judiciário na questão orçamentária e pedir ao ministro Fux que ele se posicione a favor do princípio da isonomia, que existe na Constituição, e que o reajuste seja para todos e não só para a base bolsonarista”, diz Thiago Duarte Gonçalves, Coordenador de Formação e Organização Sindical da Fenajufe.

Ao menos 19 categorias de servidores podem começar a paralisar atividades para elevar a pressão contra o governo por reajustes salariais.

Assembleias ainda precisam ser feitas nos próximos dias para confirmar as adesões, o que é esperado em boa parte dos casos pelos dirigentes do fórum. Além das paralisações já planejadas, os servidores vão discutir em fevereiro uma possível greve.

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