Recorde no preço do petróleo por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia gera incerteza em Goiás

Valor do barril não era tão caro desde 2008, na crise econômica do setor imobiliário dos EUA

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Fila de carros em posto de combustíveis de Goiania. (Foto: Reprodução)

A guerra que ocorre na Ucrânia vem causando diversas indefinições ao redor do mundo, especialmente em relação ao preço do barril de petróleo, que encara uma guinada no mercado internacional.

Nesta segunda-feira (07), o produto chegou a atingir o valor de US$ 139,33, maior marca desde junho de 2008, quando houve o crash do mercado imobiliário nos Estados Unidos.

Contudo, em Goiás, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo em Goiás (Sindiposto) informou que ainda aguarda um posicionamento da Petrobrás a respeito de um possível aumento no custo do petróleo.

Em entrevista ao Portal 6, o presidente do Sindiposto, Márcio Andrade, explicou que não dá para fazer uma previsão de reajuste de preços para o consumidor neste momento, devido ao comportamento recente da Petrobrás.

“Ela costuma se alinhar com o mercado internacional, mas no momento, está ficando defasada. No último reajuste, em janeiro, foi feito um repasse de 5%, mas era esperado um valor ainda maior”.

O sindicalista afirmou que, antes dos conflitos na Ucrânia, a diferença do custo do petróleo vendido no Brasil estava em R$ 0,40 por litro, comparando com o comercializado internacionalmente. Agora, essa marca já ultrapassa R$ 1 por litro.

“A Petrobrás só anuncia na véspera quando haverá um reajuste, é uma decisão unilateral. Nós temos a expectativa de que a qualquer momento aconteça, mas é algo que já estamos esperando há mais de dois meses”, complementou.

Em tempo

Enquanto isso, o preço dos combustíveis em Goiás segue uma tendência de aumento.

De acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o ticket médio da gasolina no estado era de R$ 6,199 em janeiro de 2022.

Contudo, em pesquisa semanal feita pelo órgão fiscalizador, o valor mais alto encontrado foi de R$ 7,749 em um posto de Goiatuba, região Sul de Goiás.

Em Goiânia, o preço médio do produto foi de R$ 6,647, com estabelecimentos comercializando a gasolina por até R$ 7,24.

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