Apoio de Lula é o que mais ajuda e menos atrapalha no RJ, segundo Datafolha

Pesquisa aponta que 26% dos entrevistados votariam com certeza num candidato apoiado pelo petista. Outros 23% disseram que talvez escolhessem o nome indicado por Lula e 48% declararam que não optariam de jeito nenhum no escolhido pelo ex-presidente

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Apoio de Lula é o que mais ajuda e menos atrapalha no RJ, segundo Datafolha
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Foto: Bruno Santos/Folhapress)

(FOLHAPRESS) – O apoio do ex-presidente Lula é o mais efetivo para atrair votos de eleitores e o que menos gera rejeição no Rio de Janeiro entre os principais líderes políticos no estado, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (7).

A pesquisa aponta que 26% dos entrevistados votariam com certeza num candidato apoiado pelo petista. Outros 23% disseram que talvez escolhessem o nome indicado por Lula e 48% declararam que não optariam de jeito nenhum no escolhido pelo ex-presidente.

O apoio de Jair Bolsonaro (PL), cuja história política foi construída no estado, levaria 16% dos entrevistados a escolher o candidato.

Já 19% afirmam que talvez votariam no nome apontado pelo presidente. De outro lado, 63% dos eleitores ouvidos disseram que não optariam de jeito nenhum pelo escolhido do chefe do Executivo federal.

O levantamento foi realizado entre terça-feira (5) e esta quinta, entrevistou 1.218 eleitores no estado e tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. Ele está registrado no TSE sob o número RJ- 05998/2022.

Lula declarou apoio à pré-candidatura do deputado federal Marcelo Freixo (PSB), um dos líderes na pesquisa de intenção de voto.

Freixo tenta usar a imagem do ex-presidente para ampliar seu eleitorado entre as famílias de baixa renda. Segundo a pesquisa, ele ainda tem seu melhor resultado entre os entrevistados com renda familiar acima de dez salários mínimos (39%) e o pior, entre os mais pobres (16%).

Bolsonaro, por sua vez, deve apoiar Cláudio Castro (PL). O governador ensaiou tentar se descolar do presidente, mas viu seus movimentos atados com a filiação dele ao PL, que havia escolhido meses antes.

Articulador de uma terceira via no estado, o prefeito Eduardo Paes (PSD) tem menos força sobre o eleitor. De acordo com a pesquisa, 11% dos entrevistados votariam num nome apoiado por ele, enquanto 27% talvez escolhessem esse candidato. Por outro lado, 57% rejeitariam o postulante indicado pelo prefeito.

Paes articulou uma aliança com o PDT e anunciou que as siglas escolheriam entre o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT) e o ex-presidente da OAB Felipe Santa Cruz (PSD) o nome da aliança para o governo estadual.

Já o apoio do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) é determinante para 6% dos entrevistados. Outros 26% afirmam que poderia votar no nome apontado pelo pedetista, e 62% declararam que não optariam de jeito nenhum no candidato de presidenciável.

Além do peso dos apoios, o Datafolha questionou os entrevistados sobre atributos dos candidatos que consideram importante.

O fator considerado muito importante por 90% dos entrevistados é que o candidato não tenha se envolvido em caso de corrupção. Experiência administrativa também é muito importante para 84% dos eleitores ouvidos, um passado político conhecido, 70%, e a escolha do vice na chapa, 69%.

O Rio de Janeiro já teve cinco ex-governadores preso, sendo um deles, Luiz Fernando Pezão (MDB), no curso do mandato. Em 2018, elegeu o neófito ex-juiz Wilson Witzel, que foi afastado após um ano e meio de governo sob acusação de corrupção.

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