Comitê dos EUA que investiga 6 de Janeiro intima Donald Trump a depor

Avaliação dos legisladores foi de que encerrar os trabalhos em breve sem falar com Trump, personagem central da data, seria insuficiente

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Comitê dos EUA que investiga 6 de Janeiro intima Donald Trump a depor
Donald Trump. (Foto: Casa Branca)

O comitê bipartidário da Câmara dos Estados Unidos que investiga a invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 votou e aprovou nesta quinta-feira (13) uma moção para intimar o ex-presidente Donald Trump a prestar esclarecimentos sobre o episódio.

A intimação do republicano configura uma das medidas mais enfáticas do comitê desde que foi formado há mais de 15 meses. A avaliação dos legisladores foi de que encerrar os trabalhos em breve sem falar com Trump, personagem central do 6 de Janeiro, seria insuficiente.

Não há expectativa de que o republicano aceite comparecer sem questionar a intimação. Um de seus principais aliados, o estrategista Steve Bannon chegou a ser condenado em julho por desacato após desrespeitar as intimações do comitê para esclarecer sua participação no episódio que marca o maior ataque recente à democracia americana.

Congressistas que atuam no comitê têm reiteradamente afirmado que Trump está ligado à serie de acontecimentos que culminou na invasão da sede do Legislativo dos EUA, especialmente pelos questionamentos que o ex-presidente levantava sobre o resultado das eleições que alçaram seu oponente, o democrata Joe Biden, à Casa Branca.

“A causa central do 6 de Janeiro foi um homem –Donald Trump–, que muitos outros acabaram por seguir”, disse a deputada Liz Cheney, republicana do estado de Wyoming que, mesmo correligionária de Trump, tem sido uma das principais vozes contra os ímpetos golpistas do ex-chefe da Casa Branca. “Ele tinha um plano premeditado de declarar que a eleição foi fraudada.”

Ainda que o processo de fritura de Trump não tenha necessariamente desidratado a força pública do ex-presidente, as criticas e alegações ali feitas se somam a acusações que o republicano enfrenta na Justiça.

Em setembro, por exemplo, ele foi acusado pela Procuradoria-Geral de Nova York por fraudes fiscais cometidas ao longo de uma década. Há ainda outros processos correndo na Georgia e em Manhattan.

Ainda nesta quinta, Trump sofreu outro revés. A Suprema Corte rejeitou o pedido do ex-presidente para que um árbitro independente examinasse os mais de cem documentos confidenciais que o FBI, a polícia federal americana, retirou de sua casa na Flórida no início de agosto.

O pedido já havia sido rejeitado anteriormente por um tribunal federal de apelações, e agora recebeu a chancela da mais alta corte dos EUA. O Departamento de Justiça americano também havia pedido que os juízes da corte não acatassem aos pedidos de Trump.

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