Caminhonete da Codego, que gerencia o DAIA, é multada por participar de bloqueio bolsonarista em Anápolis

Presidente da Codego, Marlon Caiado, que é primo do governador, estaria com o veículo durante atos antidemocráticos

Pedro Hara Pedro Hara -
Caminhonete da Codego, que gerencia o DAIA, é multada por participar de bloqueio bolsonarista em Anápolis
Caminhonete estava a disposição da Codego. (Foto: Divulgação/Codego)

Uma caminhonete pertencente à Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego) foi multada em R$ 5,86 mil, por participar de bloqueios antidemocráticos, no dia 1º de novembro, na BR-060, em Anápolis.

A penalidade foi aplicada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). A informação foi divulgada inicialmente pela jornalista Fabiana Pulcineli, do O Popular.

O veículo está à disposição do Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), gerenciado por Marlon Caiado, primo do governador Ronaldo Caiado (UB).

Alugada, a caminhonete não estava identificado como sendo da estatal. Ao O Popular, Marlon afirmou que utilizou a caminhonete no dia da multa, mas depois mudou a versão, dizendo que não sabia quem era o condutor no momento da multa.

À PRF, o gerente do DAIA alegou que havia ido até um “distrito, para buscar documentos sobre orçamento para construção de dois pontos no local”.

Na ida ele foi liberado por manifestantes, mas na volta acabou parando na operação para dispersão do bloqueio. “Aí foi aquele tumulto e nós apenas retornamos. Claro que não participei do bloqueio. Zero, não tem a mínima possibilidade”.

Segundo Marlon, o veículo ficava à disposição da gerência do DAIA, mas que outros funcionários da estatal também o utilizavam.

Desde o dia 09 de novembro, a Codego conta com frota própria de veículos, tendo devolvido a caminhonete para a empresa que a locava.

Entretanto, como a multa foi aplicada ainda durante a vigência do contrato, a estatal é responsável pela penalidade.

O Portal 6 entrou em contato com a Codego, que afirmou que o veículo é locado pela empresa e que “instaurou processo administrativo para apuração de responsabilidades”.

O procedimento, conforme a estatal, está em fase de oitiva. “endo constatada qualquer irregularidade, os envolvidos serão responsabilizados conforme previsto por lei”, completou.

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