Roberto diz que atrasos na saúde não chegaram ao conhecimento da Prefeitura e cobra apuração

Prefeito afirmou que soube do problema pela imprensa e ouviu de OSs que não havia pendências

Rafael Tomazeti Rafael Tomazeti -
Prefeito Roberto Naves em visita a unidade de saúde. (Foto: Prefeitura de Anápolis)

O prefeito Roberto Naves (PP) afirmou nesta quinta-feira (19) que o atraso de salários de profissionais de saúde no município não chegou ao conhecimento da Prefeitura.

O problema foi revelado pelo Portal 6 na última semana. Médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem alegaram os pagamentos atrasaram em unidades geridas por Organizações Sociais (OSs).

Na última sexta-feira (13), a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) repassou R$ 13 milhões – entre contratos e convênios – que levou à quitação dos atrasados.

Roberto disse que soube do problema pela imprensa. “Pedi para que o procurador perguntasse quem estava sem receber. Isso não está chegando até nós. Não existe nenhum tipo de atraso que chegou ao meu conhecimento. Nós precisamos saber o que está acontecendo e quem é [que está com o salário atrasado]”, explicou.

O prefeito revelou que cobrou das OSs e ouviu que não havia escassez de materiais hospitalares ou atraso de salários. “Eles falam para mim que não está faltando [material no hospital], que está tudo pago”, disse. E completou: “Preciso saber do que estamos falando, qual material faltou, qual profissional que está sem receber para eu poder cobrar da OS”.

Roberto garantiu que determinou ao secretário de Saúde, Júlio César Spíndola, e à toda equipe da pasta a “apuração da situação e corrigir tudo isso”.

“Entendemos que a saúde melhorou muito, mas podemos melhorar ainda mais. Estamos aqui para receber as cobranças, para enfrentar e solucionar os problemas”, completou.

Relembre o caso

Médicos, técnicos de enfermagem e enfermeiros informaram à reportagem que, nos últimos meses, têm sofrido com atraso de salários.

No caso mais emblemático, uma equipe de gesso do Hospital Alfredo Abrahão deixou de trabalhar em um dia da semana passada como forma de protesto.

Profissionais também relataram que, neste dia, havia uma escopia queimada, o que dificultou o atendimento ortopédico. Materiais como seringas, soro e fios cirúrgicos também estiveram em falta.

As OSs tiveram um atraso no último repasse. Segundo a Semusa, isso ocorreu “devido ao orçamento que é refeito na virada de cada ano e o próprio sistema requer adaptação.”

A pasta também garantiu que todos os pagamentos às organizações sociais, prestadores de serviço e instituições “estão regulares, com os repasses ocorrendo conforme os contratos.”

O Portal 6 apurou que os repasses estão em dia, mas há reclamação sobre atrasos recorrentes, o que pode comprometer datas da execução de folha e outros compromissos das gestoras.

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