Familiares de detentos em Goiás vão às ruas protestar contra lei que proíbe visitas íntimas

Em entrevista ao Portal 6, manifestantes afirmam que presos não estão tendo acesso a itens básicos dentro dos complexos prisionais

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Manifestação contra lei que revoga visitas intimas em frente ao Fórum no Jardim Goiás. (Foto: Gabriella Pinheiro/ Portal 6)

Após quase 1 mês da aprovação do Projeto de Lei n.º 21.784 que proíbe os detentos de Goiás de receberem visitas íntimas, familiares de presidiários de todo o estado realizam uma manifestação na manhã desta segunda-feira (06), em frente ao Fórum Criminal Desembargador Fenelon Teodoro Reis, no Jardim Goiás, em Goiânia.

Ao Portal 6, uma das manifestantes de Buriti Alegre, região Sul do estado, que preferiu não se identificar, afirmou que além da revogação da medida, os protestos também visam melhorias nas condições para os presos.

Segundo ela, os detentos do complexo prisional na cidade não têm acesso a medicamentos básicos e chegam a ficar dias sem água potável para beber.

“Eles ficam doentes e não ganham nem uma dipirona. Eles não têm acesso a energia, fora a água que eles recebem que é barrenta e fedida. Tenho que levar um garrafão de 2 litros pro meu marido durante as visitas por conta disso ” ‘, diz ela.

O Portal 6 entrou em contato com a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) que afirmou que as visitas estão sendo realizadas em quatro modalidades, sendo elas: convívio social, espaço lúdico, parlatórios e videoconferência. O órgão não respondeu às acusações dos familiares.

Anteriormente, por meio de um comunicado, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO) afirmou que a medida fere o “princípio da dignidade da pessoa humana” tanto do condenado quanto do cônjuge. 

Já a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) alegou que o contato é algo previsto pela Constituição Federal e que a visitação pode apenas ser limitada, de forma concreta, pelo diretor do presídio.

 

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