Visitar Portugal ficará mais difícil com decisão drástica tomada pelo governo

Plataforma de aluguel de quartos e residências foi um dos principais atingidos

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Portugal
Governo português tomou medidas para conter a disparada de preços no mercado imobiliário. (Foto: Ilustração/Lisa Fotios/Pexels)

Se pelas facilidades impostas pela língua materna ou pelo clima no verão, Portugal se destaca como um dos países preferidos dos turistas brasileiros.

No entanto, essa disparada no turismo português acabou refletindo no preço do mercado imobiliário e foi decisiva para que o governo do país tomasse algumas decisões que podem ser consideradas duras para frear a fome dos especuladores.

Uma das ações é o fim repentino da concessão dos vistos gold, que consiste basicamente em um programa de cidadania e residência voltado para pessoas que decidem investir no país.

Antes do encerramento, era possível obtê-lo por meio do investimento em imóveis no valor de € 500 mil (cerca de R$ 2,8 milhões).

Vale ressaltar que o Brasil é considerado o segundo país com maior número de ‘beneficiados’ pelo programa, ficando atrás somente da China. Para se ter ideia, entre outubro de 2012 e agosto de 2022, os brasileiros investiram aproximadamente R$ 4,8 bilhões em imóveis dentro do território português.

Mas essa não é a única preocupação dos turistas, já que uma outra medida anunciada por Portugal pode trazer impactos ainda maiores, trazendo prejuízos até mesmo para plataforma de aluguel de quartos e residências.

Isso porque o país também decidiu que vai limitar a renovação dos vistos do programa, fazendo com que os estrangeiros só possam utilizar o benefício caso decidam ficar permanentemente no território ou então, caso a propriedade seja inserida no mercado de locação de maneira duradoura.

A grande problemática por trás dessa decisão é que agora, os brasileiros que possuem residência por lá e utilizavam, por exemplo, para passar férias, não poderão mais aproveitar esta praticidade, tendo que buscar outras saídas para não ficarem no prejuízo.

Por outro lado, essas mesmas casas, muitas vezes utilizadas pelos turistas para aluguel via plataforma airbnb, por exemplo, deixarão de existir.

Inclusive, em determinadas regiões, entre dezembro de 2021 e o mesmo mês de 2022, os aluguéis já tiveram um impressionante aumento de 36,9%, prejudicando não só os moradores locais, como também os turistas.

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