Trabalhadores de faculdade de Anápolis pedem demissão e entram na Justiça contra instituição

Funcionários alegam falta de acerto trabalhista, desvio de função, redução na carga horária e problemas envolvendo até mesmo os estudantes

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Fachada da Faculdade Fibra, em Anápolis. (Foto: Divulgação).

Diante da falta de acerto trabalhista, desvio de função, entre outros problemas elencados, ao menos 10 funcionários pediram demissão da Faculdade Fibra, em Anápolis. Além disso, desde o ano anterior, cerca de três processos já correm no Ministério Público do Trabalho (MPT-GO).

Em condição de anonimato, uma servidora da instituição alegou que, ao todo, quatro pessoas que trabalham na parte técnico administrativa e seis professores pediram a rescisão do contrato. Para mais, outros três funcionários já solicitaram a revisão dos acordos.

Além das denúncias que já tramitam no MP, a funcionária afirma que existem mais sete que foram abertas na Justiça Trabalhista e seguem sob sigilo.

“Na Justiça Trabalhista as ações são individuais, e só em Anápolis são 07. Denúncias no Ministério Público só nesse ano já são 04. Primeiro: não fizeram o acerto trabalhista, segundo: os funcionários são submetidos a práticas que não concordam e assim forçados a pedir demissão”, revelou.

Um grupo de funcionários da instituição de ensino superior alega que todos os problemas tiveram início desde que a faculdade Fibra foi incorporada ao grupo Única Educacional, em fevereiro de 2022. 

De lá para cá, as denúncias são também de que os professores e coordenadores passaram a ter redução na carga horária, técnicos-administrativos estão tendo as funções desviadas, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) parou de ser depositado e até mesmo os alunos estão sendo afetados. 

Um grupo de alunos efetuou matrícula em 2023, e dias depois tiveram que se transferir para a UniEvangélica, pois foram informados que as disciplinas não seriam ofertadas, e sem garantia de continuação do curso no semestre seguinte”, denuncia a funcionária em anonimato. 

A reportagem entrou em contato com a Faculdade Fibra, no entanto, ela afirmou que aguarda o posicionamento da mantenedora Única Educacional para que possa se pronunciar a respeito das denúncias.

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